terça-feira, 7 de junho de 2011

A tua graça me basta

A tua graça me basta,
Assim conclui o apóstolo a cerca da lei e da graça.
Mas o que é Graça?
Graça é o favor imerecido, por isso somos salvos pelo favor de Deus, posto que não podemos justificar a nós mesmos e nem salvar a qualquer, senão pelo Filho de Deus.
Então se a graça nos basta, foi a Lei anulada?
Certamente que, pelo sacrifício de Cristo, somos aperfeiçoados, não pela Lei, mas pelo favor de Deus.
Todavia, a lei caracteriza o pecado, de maneira que na graça, fazemos naturalmente as coisas que são da Lei, mas segundo a liberdade de Cristo.
Então não devo eu pôr jugo sobre meu irmão, nem jugo da lei, menos ainda jugo de homem, segundo os rudimentos do mundo.
Então se sou eu livre em Jesus, de nada sou devedor?
Sim, certamente que Ele levou sobre si nossos pecados e carregou com as nossas enfermidades, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Se sou devedor, sou devedor do amor, que devo pagar com amor a todo que o Senhor me levar.
E qual amor maior senão o de falar do Salvador com firmeza e verdade?
E ainda em praticar as coisas que são do Espírito?
Certamente, a graça do Senhor nos basta.
Por isso, a Lei envelhecida perto está do fim, e já rutila a excelsa aliança de Deus, em seu tabernáculo eterno, o Senhor Jesus Cristo.
O que então plantarei? Toda boa obra. Compartilhai, oferecei sacrifícios de louvor a Deus, amai os irmãos, não impor jugo da lei, não maldizer, não maltratar, não amaldiçoar, não se ensoberbecer, não cobiçar, não mentir, não roubar, não matar, mas amar e amar.
Então imporei eu jugo?
De maneira nenhuma, porque se me justifico pela Lei, já na graça não estou. E seu saio da graça de Deus, como permanecerá o seu favor? E como escapar do juízo e da condenação?
Mas se faço as coisas da Lei pelo Espírito Santo, voluntariamente, então sigo a vontade do Espírito, mas se as sigo por rito de tradição, então em que incorrerá tal ato senão na carnalidade?
O que oferta faz bem, mas o que se compadece faz melhor, porque fará tanto estas quanto aquelas, sem soberbas e ganâncias, em sacrifício vivo a Deus, não pela superficialidade da tradição ou pela aparência de santidade, mas em Espírito e em Verdade.
Graças a Deus, que nos livra do laço dessa morte todos os dias, porque a carne contende contra o Espírito e o Espírito contende contra a carne. E as coisas do Espírito inclinam-se para a vida, mas as coisas da carne, para a morte.
Glória a Deus.
Sim, que o amor de Deus nos conduza em santidade e entendimento, pela sabedoria de Deus, segundo a sua santa Palavra.
E o discernimento que vem do Espírito não nos deixa em confusão e é confirmado pela Escritura Sagrada, mas não segundo a interpretação carnal, mas segundo a verdade.
Glória a Deus.
E nesses últimos dias, em meio a tantas interpretações doutrinárias, mais precisamos buscar o Espírito de Deus, porque Ele testifica das coisas que são do Filho e as confirma.
Mas os que negam o Espírito trazem sobre si mesmos condenação, posto que Ele é o Penhor da Aliança e a confirmação da Graça, pelo Senhor Jesus Cristo.
O que não tem o Espírito de Deus não é Dele, e perto está do fim.
Os que negam o Espírito de Deus estão em trevas, mas os que o buscam serão corrigidos. Ele convence da verdade, da justiça e do Juízo.
Graças a Deus, pelo seu Filho Jesus Cristo, mediante o Consolador.
Os dias já se encurtam, então, busquemos a graça do Senhor de todo o nosso entendimento.

Jailson, servo e apóstolo de Jesus Cristo.

TEMA: JESUS ESTÁ VOLTANDO! 12 – Jo 14:3

Jesus está voltando. Aleluias!

Foi muito boa a reflexão de nosso amado irmão Rev. Marcos Alexandre, principalmente o áudio correspondente postado aqui no Jamais Desista. Aprendemos muito e damos louvores a Deus pela sua misericórdia e amor com que nos tem amado.

Estou já finalizando este post temático sobre a volta de Jesus, mas antes gostaria de colocar algumas informações interessantes que estão disponibilizadas nos próprios sites da internet e que me despertaram a atenção. Não estou buscando com isso o sensacionalismo, mas que chamou-me e despertou-me a atenção, isto não posso negar.

Primeira informação: fala de uma predição complicada sobre a colisão de um meteoro com nosso planeta terra. Realmente é um grande sinal no céu (E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. Lucas 21:11). A sua rota de colisão com a terra está prevista para acontecer no ano de 2029 ou, na sua volta, em 2036. acesse: Predicting Apophis' Earth Encounters in 2029 and 2036 -  http://neo.jpl.nasa.gov/apophis/ O site onde a informação está disponibilizada é o da NASA!

Segunda informação: fala dos segredos de Newton que previu o fim do mundo para 2060: Os Segredos de Newton: http://jnul.huji.ac.il/dl/mss/newton/: "This exhibition sheds new light on Isaac Newton, the greatest physicist of all times. The manuscripts of this collection, one of the treasures of the Jewish National and University Library, discuss Biblical interpretation, the architecture of the Jewish Temple, ancient history, alchemy and the Apocalypse." Vale a pena verificar o material disponibilizado na Biblioteca Judaica da Universidade de Jerusalém, em Israel. Entre no site e confira.

"Em um trecho dos manuscritos – que até pouco tempo atrás só podiam ser vistos por historiadores e especialistas –, Isaac Newton se esforça para calcular a data do Apocalipse a partir da leitura do livro de Daniel, na Bíblia. De acordo com seus cálculos, o fim do mundo não deveria ocorrer antes do ano 2060. Em outro manuscrito, ele tenta interpretar as profecias bíblicas para calcular exatamente quando Jesus retornaria a Jerusalém." (http://historia.abril.com.br/ciencia/codigo-newton-lado-religioso-fisico-435484.shtml).

Maranata! A Deus toda a glória!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

DIRETRIZES PARA A EDUCAÇÃO NA IGREJA

O Conselho Apostólico aprovou as seguintes Diretrizes para a Educação na IGREJA:

I – QUAL A REALIDADE SECULAR

A Educação tem sido um dos instrumentos sempre presentes na ação da Igreja cristã. Como instrumento de transformação social, ela é parte essencial do envolvimento da Igreja no processo da implantação do Reino de Deus.

A ação educativa da Igreja acontece de diversas maneiras: por meio da família, da igreja local em todas as suas agências (comissões, Escola Dominical, a Universidade, o púlpito, os grupos societários, etc.), das suas instituições de ensino secular, teológico, de ação comunitária e de comunicação.

Levando em conta o Evangelho e sua influência sobre todos os aspectos da vida, a ação educativa cristã trouxe muitas contribuições positivas. Especialmente, por meio da igreja local, muitas pessoas foram convertidas e transformadas, modificando suas vidas e seu modo de agir. Por intermédio das instituições, a Igreja buscou a democratização e a liberalização da educação. Suas propostas educacionais eram inovadoras e humanizantes, pois ofereciam um tipo de educação alternativa aos rígidos sistemas governamentais.

A ação educativa da Igreja, entretanto, deu muito mais valor às atitudes individualistas em relação à sociedade. O mais importante era uma participação pessoal e isolada. No caso específico das nossas escolas, à medida em que a sociedade foi se desenvolvendo, elas perderam suas características inovadoras e passaram a ser reprodutoras da educação oficial. Esvaziaram-se, perdendo sua percepção de que o Evangelho tem também dimensões políticas e sociais, esquecendo, assim, sua herança cristã. Em razão de suas limitações históricas e culturais, a ação educativa cristã tornou-se prejudicada em dois pontos importantes: primeiro, porque não se identificou plenamente com a cultura nas nações; segundo, por ter apresentado pouca preocupação em descobrir soluções em profundidade para os problemas dos pobres e desvalidos, que são a maioria do povo.

Hoje, no mundo, vivemos situações que exigem de nós resposta concreta. Os problemas que afligem o povo, desde a família até os aspectos mais amplos da vida em sociedade, colocam um grande desafio e todos precisamos contribuir para encontrar as soluções que atendam aos verdadeiros interesses da maioria da população. Percebemos que muitas são as forças contrárias à vida. Mas também acreditamos que o Evangelho nos capacita a encontrar aquelas soluções que possibilitam a realização dos verdadeiros interesses do povo. Por isso, nós, cristãs, à luz da Palavra de Deus, examinamos nossa ação educativa presente, dispondo-nos a buscar novas linhas para essa ação.

II - O QUE REVELA A BÍBLIA ÀS NAÇÕES

O Deus da Bíblia — DEUS Pai, DEUS Filho e DEUS Espírito Santo — se revela na história humana como Criador, Senhor, Redentor, Reconciliador e Fortalecedor. Esse Deus Trino, em seu relacionamento com o Ser Humano, cria uma nova comunidade, sinalizada historicamente por meio da vida do povo de Israel e da Igreja. A ação divina sempre nos aponta para a realização plena do Reino de Deus.

A esperança deste Reino é vivida e experimentada parcialmente na vida do povo de Deus, na promessa a Abraão (Gn 12.1-4; 13.14-17; 17.8-9; 22.15-18), na experiência do êxodo (Êx 3.7-8; 6.1-9; 13.21-22; 14.15-16; 15.26; 16.4; Dt.7.6-8), na conquista da terra (Js 1.1-9;13-15; 24.14-25; Lv 25.8-55), na pregação dos profetas (Is 49.8- 26; 55.1-13; Ez 36.22-37; Jl 2.12-32, Mq 2.12-13; 4.1-13), e em outras formas. Essa esperança foi manifestada de maneira completa na vida de Jesus de Nazaré (Mc 1.15; Mt 6.9-13; Lc 4.16-21; Mc 14.23-25; 1 Co 11.23-26). Por meio da vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte, temos a certeza de que se completou a realização total do Reino de Deus (Mt 28.1-10; 1 Co 15.50-58; Ap. 21.1-8).

A ação de Deus realiza-se por meio do Espírito Santo (Jo 16.7-14). O dom do Espírito é a força e o poder que faz brotar entre nós os sinais do Reino de Deus e sua justiça, da nova criação, do novo homem, da nova mulher, da nova sociedade (2 Co 5.5, 14-17). O Espírito nos revela que o Reino de Deus é maior que qualquer instituição ou projeto humano (Mt 12.1-8).

Toda a nossa prática deve estar de acordo com o Reino de Deus (Mt 6.33; Jo 14.26) e o Espírito Santo é quem nos mostra se essa concordância existe ou não. O Espírito de Deus age onde, como e quando quer (Jo 3.5-8) a fim de criar as condições para o estabelecimento do Reino. Só quando compreendemos isso é que nos comprometemos com o projeto de Deus. Então percebemos claramente que Deus que dar ao ser humano uma nova vida, à imagem de Jesus Cristo, pela ação e poder do Espírito Santo. Por isso, Ele condena o pecado individual e social, gerador das forças que impedem as pessoas e os grupos de viver plenamente.

Sendo assim, a salvação é entendida como resultado da ação de Deus na História e na vida das pessoas e dos povos. Biblicamente, ela encontra a sua maior expressão na salvação da alma, o que conflui para o aperfeiçoamento do homem e da obra de Deus, incluindo a ação de Deus na realidade de cada povo e de cada indivíduo.

Isso atinge todos os aspectos da vida: religião, trabalho, família, vizinhança, meios de comunicação, escola, política, lazer, economia (inclusive meios de produção), cultura, segurança e outros. A salvação é o dom sobrenatural de Deus que nos faz filhos de Deus por adoção, o poder de sermos feitos filhos de Deus, a saber a todos quantos creêm no nome do SENHOR JESUS CRISTO,  pelo qual somos libertados da lei do pecado e da morte, o que nos leva a servir a Deus e ao próximo, participando de uma vida plena no Reino de Deus, pela comunhão com seu Espírito Santo.

A revelação do Reino de Deus em Jesus Cristo é motivo de esperança para todos nós (Rm 8.20-25). O Reino se realiza parcialmente na história (Mt 12.28) por meio de sinais que apontam para a plenitude futura. Ele é o modelo permanente para a ação do povo de Deus (Mt 20.24-28) criando em nós consciência crítica (1 Co 2.14- 16), capaz de desmascarar todos os sistemas de pensamento que se julgam donos exclusivos da verdade. A esperança no Reino permite que participemos de projetos históricos que sejam ferramentas de Cristo, para a pregação do Evangelho, o que leva à libertação da sociedade e do ser humano. Ao mesmo tempo, nos liberta da idéia de que os projetos humanos são auto-suficientes e nos leva a qualquer atitude de endeusamento de instituições.

A ação de Deus atinge, transforma e promove as pessoas, na medida em que as desafia a um relacionamento pleno e libertador com Deus e o próximo, para o serviço concreto na comunidade. A natureza do Reino exige compromisso do novo homem e da nova mulher e sua sociedade, na direção da vida abundante da justiça e liberdade oferecidas por Jesus Cristo.

Deus se manifesta sempre em atos de amor, fé e justiça, pois ele é amor (1 Jo 4.7-8) e quer alcançar a toda a criação pela fé no SENHOR JESUS CRISTO. Em Cristo, Deus nos ama de tal maneira que dá sua vida por todos, alcançando especialmente os pobres, os oprimidos e marginalizados dos quais assume a defesa com justiça e amor. Seu amor quebra as cadeias da opressão, do pecado, em todas as suas formas. Por seu amor, ele nos liberta do egoísmo para uma vida de comunidade em amor e serviço ao próximo.

O Reino de Deus alcança qualquer tipo de pessoa, quaisquer que sejam suas idéias, suas condições sociais, culturais, políticas, econômicas ou religiosas. Alcança igualmente a pessoa como um todo: corpo, mente e espírito, com todas as suas exigências e as leva a libertação daquilo que prende o homem para seus paradigmas mundanos, suas expressões carnais que nada aproveitam.

Os atos de Deus, pelos quais ele revela e inaugura o seu Reino, nos ensinam também como devemos agir, e são o critério para a ação missionária da Igreja.

III - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DAS QUAIS DEVEMOS NOS LEMBRAR

Toda a ação educativa se baseia na visão a respeito do mundo e das pessoas. Em nosso caso, a ação educativa é iluminada pela fé, estando por isso sempre relacionada com a reflexão teológica, à luz da revelação bíblica, em confronto com a realidade e com os sistemas mundanos.

Até o momento, nossa ação educativa tem sido influenciada por idéias da chamada filosofia liberal, típicas de nossa sociedade, resultando num tipo de educação com características acentuadamente individualistas.

Alguns dos elementos fundamentais dessa corrente são:

- preocupação individualista com a ascensão social;
- acentuação do espírito de competição;
- aceitação do utilitarismo como norma de vida;
- colocação do lucro como base das relações econômicas.

Nenhum desses elementos está de acordo com as bases bíblico-teológicas sobre as quais se deve fundamentar a prática educativa cristã. A Educação, na perspectiva cristã, “como parte da Missão, é o processo que visa a oferecer à pessoa e comunidade uma compreensão da vida e da sociedade, comprometida com uma prática libertadora, recriando a vida e a sociedade, segundo o modelo de Jesus Cristo, e questionando os sistemas de dominações e morte, à luz do Reino de Deus” (Plano Para a Obra da Igreja).

Por isso, a Igreja precisou definir novas diretrizes educacionais, voltadas para a libertação das pessoas e da sociedade. A partir dessas diretrizes, a Igreja desenvolverá sua prática educativa, de tal modo que os indivíduos e os grupos:

            - busquem o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar;
- desenvolvam consciência crítica da realidade;
- compreendam que o interesse social é mais importante que o individual;
- exercitem o senso e a prática da justiça e solidariedade;
- alcancem a sua realização como fruto do esforço comum;
- tomem consciência de que todos têm direito de participar de modo justo dos frutos do trabalho;
- reconheçam que, dentro de uma perspectiva cristã, útil é aquilo que tem valor social.

IV - O QUE DEVE SER FEITO

A ação educativa da Igreja tem que estar mais firmemente ligada aos objetivos da Missão de Deus, visando à implantação do seu Reino. Além disso, nossos esforços educacionais de todo tipo têm também que atender às principais necessidades do povo em qualquer nação ou língua. Por isso, é preciso que busquemos novos caminhos, que moldem o povo cristão com uma só unidade da irmandade em Jesus Cristo.

A busca desses novos caminhos deve procurar a superação do modelo educacional vigente. Não se pode mais adotar um modelo educacional elitista e separatista, que discrimina e reproduz a situação atual do povo nas nações, impedindo transformações sociais substanciais. Também não devemos adotar dentro da sã dourina a imposição da cultura dos poderosos desde século, impedindo a maior participação das pessoas e aumentando cada vez mais seu nível de dependência.

Uma tomada de decisão nesse sentido não deve ser entendida como simples reação às falhas que encontramos na ação educativa, mas como uma atitude necessária de uma Igreja que deseja ser serva fiel, participando ativamente na construção do Reino de Deus.

A partir dessas constatações, declaramos que a ação educativa da IGREJA realizada por todas as suas agências, isto é, a Escola Dominical, comissões, púlpito, grupos societários, instituições de ensino secular, teológico, de ação comunitária, etc., terá por objetivos:

1 - Dar continuidade, sob a ação do Espírito Santo, ao processo educativo realizado por Deus em Cristo, que promove a transformação da pessoa em nova criatura e do mundo em novo mundo, na perspectiva do Reino de Deus;

2 - Motivar educadores e educandos a se tornarem agentes positivos de libertação, com uma prática educativa de acordo com o Evangelho;

3 - Confrontar permanentemente as filosofias vigentes com o Evangelho;

4 - Denunciar todo e qualquer tipo de discriminação ou dominação que marginalize a pessoa humana e anunciar a libertação em Jesus Cristo;

5 - Respeitar e valorizar a cultura dos participantes do processo educativo, na medida em que estejam de acordo com os valores do Reino de Deus;

6 - Apoiar os movimentos que visem à libertação dos oprimidos dentro do espírito do Evangelho libertador de Jesus Cristo;

7 - Despertar consciência crítica e sensibilizada para o problema da justiça, num mundo marcado pela opressão.

Com base nesses posicionamentos, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes gerais:

1 - Toda e qualquer iniciativa educacional da Igreja, especialmente a organização de novos cursos e projetos, levará sempre em consideração os objetivos da Missão, de acordo com os documentos oficiais da Igreja e as necessidades locais;
  
2 - Quanto aos cursos, currículos e programas já existentes, as agências da Igreja se empenharão para que, no menor prazo possível, estejam de acordo com as orientações estabelecidas neste documento;

3 - Será buscado um estreito relacionamento com as comunidades em que nossos trabalhos estão localizados, compartilhando com elas os seus problemas;

4 - Em todos os lugares em que a Igreja atua serão colocadas à disposição da comunidade, das organizações de classe e das entidades comunitárias, as instalações de que dispomos, tanto para a realização de programas, quanto para a discussão de temas de interesse comunitário, de acordo com os objetivos da Missão;

5 - As igrejas e instituições devem atuar também por meio de programas de educação popular, para isso, destinando recursos financeiros específicos;

6 - Toda a ação educativa da Igreja deverá proporcionar aos participantes condições para que se libertem das injustiças e males sociais que se manifestam na organização da sociedade, tais como: a deterioração das relações na família e entre as pessoas, a deturpação do sexo, o problema dos menores, dos idosos, dos marginalizados, a opressão da mulher, a prostituição, o racismo, a violência, o êxodo rural resultante do mau uso da terra e da exploração dos trabalhadores do campo, o problema da ocupação desumanizante do solo urbano e rural, o problema dos toxicômanos, dos alcoólatras, e outros;

7 - A educação da criança deverá merecer especial atenção, notadamente na faixa do pré-escolar (de 0 a 6 anos), e de preferência voltada para os setores mais pobres da população;

8 - Visando à unidade educacional da Igreja em sua missão, as igrejas locais e instituições se esforçarão no sentido de uma ação conjunta em seus projetos educacionais;

9 - A Igreja e suas instituições estabelecerão programas destinados à formação de pessoas capacitadas para todas as tarefas ligadas à ação educacional e social;

10 - Todas as agências de educação da IGREJA, tanto igreja local quanto instituição, procurarão orientar os participantes de seu trabalho sobre as diretrizes ora adotadas, empenhando-se igualmente para que elas sejam vividas na prática.

A - No caso específico da Educação Secular:

A Igreja entende a Educação Secular que promove como o “processo que oferece formação melhor qualificada nas suas diversas fases, possibilitando às pessoas o desenvolvimento de uma consciência crítica e seu comprometimento com a transformação da sociedade, segundo a missão de Jesus Cristo”( Plano Para a Obra da Igreja).

Por isso:

1 - O ensino formal praticado em nossas instituições não se limitará a preparar para o mercado de trabalho, mas, além disso, igualmente, deverá despertar uma percepção crítica dos problemas da sociedade.

2 - As instituições superarão a simples transmissão repetitiva de conhecimentos, buscando a criação de novas expressões do saber, a partir da realidade e expectativa do povo.

3 - Terá prioridade a existência de pastorais escolares que atuem como consciência crítica das instituições, em todos os seus aspectos, exercendo suas funções profética e sacerdotal dentro e fora delas.

4 - Toda a prática das instituições se caracterizará por um contínuo aperfeiçoamento no sentido de democratizar cada vez mais as decisões.

5 - Os órgãos competentes farão com que essas diretrizes sejam cumpridas em suas instituições.

6 - As instituições participarão em projetos da Igreja compatíveis com suas finalidades estatutárias, atendendo aos fins da Missão.

7 – O ensino das ciências deve ser ministrado com uma visão crítica do que tais doutrinas, ensinos e empirismos desenvolveram na história da sociedade e as consequências da má utilização desse conhecimento, de forma que todo o talento e conhecimento seja utilizado com o pensamento cristão de solidariedade e de transformação pelo doação do pessoal ao comunitário, construindo nações socialmente justas e povos cuja percepção da realidade pode analisar e contemplar todas as coisas sem no entanto se deixar subordinar por elas.

B - No caso específico da Educação Teológica

1 - “A Educação Teológica é o processo que visa à compreensão da história em confronto com a realidade do Reino de Deus, à luz da Bíblia, e da doutrina cristã reconhecida e aceita pelo cristianismo histórico como instrumentos de reflexão e ação para capacitar o povo de Deus, membros irmãos e sacerdotes, para a vida e missão, numa dimensão profética”. (Plano para a Obra da Igreja).
  
2 - Os currículos serão fundamentados nas bases teológicas reconhecidas pela Igreja cristã, como identificadas no presente documento, com vistas a mudanças na metodologia do trabalho teológico, a partir das necessidades do povo.
  
3 - No recrutamento e seleção dos professores de Teologia se observará não apenas a sua adequada qualificação aos cursos a serem ministrados mas, também, a sua vivência pastoral e a consciência que tenham de que a tarefa teológica deve ser feita a partir da revelação, no contexto do país e tendo em vista o atendimento de suas necessidades.

4 - O processo de recrutamento dos que aspiram ao pastorado, incluirá, sistematicamente, um programa pré-teológico de estudos, que os iniciará no processo de reflexão sobre as preocupações da Igreja, como definidas nos seus documentos.

5 - A Educação Teológica será desenvolvida observando-se os seguintes relacionamentos:

Relacionamento com o contexto social: a metodologia do trabalho teológico, em todos os níveis, terá relação direta com a realidade da sociedade em cada episcopado, na perspectiva do oprimido, visando ao processo de sua libertação.

Relacionamento com outras áreas do conhecimento humano: o trabalho teológico deverá ser desenvolvido de uma forma integrada a outras áreas do conhecimento, incluindo tanto as ciências humanas como as áreas de tecnologia, de ciências exatas, de saúde, ciências aplicadas e outras.

Relacionamento entre as instituições de ensino: o trabalho teológico deverá ser realizado de maneira integrada, de tal modo que todo o ensino teológico na Igreja promova a sua unidade de pensamento e ação naquilo que seja fundamental.

Relacionamento ecumênico: a Educação Teológica será enriquecida pelo contato com outras Igrejas cristãs, em todos os Patriarcados.
  
6 - As instituições de ensino teológico oferecerão cursos de formação e atualização teológica para membros irmãs e membros sacerdotes, com a finalidade de os ajudar a reexaminar continuamente seu ministério e serviço, desde a perspectiva do Reino de Deus.

7 - As instituições de ensino teológico desenvolverão esforços na pesquisa junto à igreja local e outras fontes para a renovação litúrgica, levando em conta as características culturais de cada nação.

8 - Os órgãos competentes estudarão uma maneira de uniformizar o tratamento dos seminaristas, pelas regiões eclesiásticas, em termos de ajuda financeira (bolsas), apoio e requisitos dos estudantes para ingresso e continuação dos estudos na Faculdade de Teologia e Seminários.

C - No caso específico de Educação Cristã:
  
1 - “A Educação Cristã é um processo dinâmico para transformação, libertação e capacitação da pessoa e da comunidade. Ela se dá na caminhada da fé e se desenvolve no confronto da realidade histórica com o Reino de Deus, num comprometimento com a Missão de Deus no mundo, sob a ação do Espírito Santo, que revela Jesus Cristo, segundo as Escrituras” (Plano para a Obra da Igreja).

2 - O currículo de Educação Cristã na Escola Dominical será fundamentado na Bíblia e tratará de relacionar os relatos bíblicos com a realidade na qual a Igreja se encontra.

3 - As secretarias executivas regionais de Educação Cristã estabelecerão cursos e programas, com vistas à formação e aperfeiçoamento dos obreiros da Escola Dominical, para que desenvolvam uma metodologia de ensino compatível com as diretrizes contidas neste documento.

4 - A Igreja retomará especial cuidado para com a criança e o adolescente, redefinindo a organização destes grupos e provendo material educativo adequado para essas idades.

5 - Os grupos societários desenvolverão estudos e programas que auxiliem os seus participantes a compreender e viver a ação libertadora do Evangelho e serão municiados pela Igreja com literatura e sugestões apropriadas para alcançar este objetivo.

6 - Tendo em vista o fato de que a liturgia é um processo educativo, os presbíteros pastores e obreiros irmãos serão incentivados a descobrir novas formas litúrgicas que promovam a educação do povo de Deus.

7 - O Conselho Apostólico estabelecerá programas mínimos de educação religiosa para as instituições cristãs de ensino secular, em todos os níveis, levando em conta as diretrizes aqui estabelecidas.

8 - O Conselho Apostólico providenciará programas mínimos de educação religiosa a serem desenvolvidos, quando isto for possível, em escolas públicas.

9 - O Conselho Apostólico providenciará material educativo a ser utilizado na igreja local e capacitação do catecúmeno, novo convertido, pais e testemunhas quanto ao batismo e noivos, quanto ao casamento.

10- O Conselho Apostólico providenciará material educativo a ser utilizado na igreja local visando a conscientizar a família acerca de seu papel à luz da Missão.

As instituições educacionais da Igreja, de qualquer nível e grau, são regidas pelas Diretrizes para a Educação da IGREJA, devendo toda a sua vida administrativa e acadêmica ser planejada e desenvolvida segundo seus ditames.
 
Conselho Apostólico
UNIVERSAL ASSEMBLÉIA DA SANTA ALIANÇA CRISTÃ

PLANO MISSIONÁRIO DA IGREJA

O objetivo geral do Plano Missionário da Igreja é o de estabelecer medidas e diretrizes que visem a ordenar a ação missionária da Igreja, nas áreas onde ainda não há obra cristã regular, desde uma perspectiva da missão, tal como conceituada pelo Plano para a Obra da Igreja.

I. Objetivos Setoriais

1 - Explicar a doutrina da obra missionária;

2 - Definir critérios para:

a) Seleção de áreas prioritárias à ação missionária;

b) Recrutamento, seleção e capacitação de obreiros;

3 - Dar orientação administrativa e pastoral ao trabalho missionário.

II - Critério da Obra Missionária

O trabalho missionário:

1- Será calcado no conceito de Missão do Plano para a Obra da Igreja e suas ênfases serão as mencionadas no referido Plano;

2 - Somente será validado pela contribuição específica cristã a ser dada à comunidade;

3 - Inovará e procurará outras áreas de serviço e testemunho ainda não atendidas, não se limitando a repetir o que outras Igrejas estão fazendo;

4 - Será precedido de minucioso levantamento das necessidades das comunidades que se pretenda alcançar, visando a atendê-las;

5 - Dará preferência ao povo simples e às regiões mais carentes econômica e socialmente, procurando descobrir e desenvolver lideranças locais;

6 - Visará à promoção integral da pessoa humana por intermédio da implantação de serviços de evangelização, ação comunitária e educação;

7 - Deverá envolver toda a comunidade da Igreja;

8 - Será calcado em uma perspectiva da Igreja UNA de Jesus Cristo, que leve a sério a confissão de fé.

III - Áreas Preferenciais

A Igreja dará prioridade a:

1 - Abertura de Campos Missionários, Sedes Nacionais nos Patriarcado, Distritos, e Cidades, observando-se como critérios preferenciais:

1.1 - Áreas onde a carência econômica e social se revele mais aguda;

1.2 - Áreas onde já haja um pequeno número de cristão da Igreja;

1.3 - Área urbana onde haja uma grande concentração populacional.
  
2 - Ampliação e consolidação dos trabalhos, direcionados por DEUS e já definidos pelo Primado nos Episcopados, com a construção de templos e da consolidação da estrutura organizacional da Igreja;

IV - O Missionário
  
O Missionário é um membro sacerdote ou membro irmão, sem distinção de homem e mulher, com preparo apropriado e experiência profissional específica, que se coloca a serviço da Igreja, assumindo alguma forma de responsabilidade direta no planejamento e execução da obra missionária em um campo missionário.

1 - Categorias

Para efeito da estruturação da obra missionária, poderão ser recrutados:
  
1.1- Missionário de Dedicação Exclusiva

É o obreiro ou a obreira que se dispõe a servir em tempo integral à obra missionária segundo a legislação canônica e nos termos da Estratégia Missionária (cujo modelo foi proposto pelo Conselho Apostólico), e é comissionada (no caso de membro irmão) ou nomeada (no caso de membro sacerdote) pela autoridade episcopal responsável pelo campo missionário;

1.2- Missionário Colaborador

É o membro da Igreja, sacerdote inativo ou membro irmão, que é escolhido e comissionado para exercer funções ou prestar serviços nos campos missionários;

2 - Normas de Recrutamento de Missionário de Dedicação Exclusiva
  
2.1 - O recrutamento de obreiros para os programas missionários é da responsabilidade da respectiva coordenação, no Patriarcado, no Distrito, na Cidade, que administra o Campo Missionário.

2.2 - O recrutamento é feito através de comunicação pública das necessidades a serem atendidas e/ou convites individuais a pessoas que porventura se interessem pelo atendimento às mesmas;
  
2.3- O candidato ou candidata que se apresente para o trabalho missionário deve:

a) ser membro da Igreja;

b) dar provas de sua vocação para o trabalho missionário, testemunhado por recomendação do Presbiterato, órgão ou instituição a que tenha servido e, no caso de membro sacerdote, de seu bispo;

c) possuir atestado favorável de sanidade física e psicológica, por profissionais indicados pelo Órgão da Igreja que promove a ação missionária;

d) possuir preparo intelectual de acordo com o padrão estabelecido pela Igreja, comprovado por documentação hábil e realizar estágio de treinamento em instituição de ensino teológico da Igreja, por indicação do Concílio de Anciãos;

e) comprometer-se a seguir as orientações do Plano Missionário da Igreja para Missões da Igreja em seu trabalho, cumprindo a Estratégia Missionária, a legislação canônica e demais normas oficiais.

3 - O Obreiro Estrangeiro

Quando as características da obra ou as necessidades o indicarem, poderá ser recrutado para o seu atendimento obreiro estrangeiro, membro de Igrejas ou Agências Cooperantes, observadas as seguintes normas:
  
3.1- O obreiro estrangeiro será solicitado para atender a uma necessidade específica;

3.2- O obreiro estrangeiro será submetido a período de treinamento especial que incluirá:

a) aprendizado da Língua do Patriarcado e da língua Portuguesa, em escola realizado no próprio Patriarcado, de preferência em ambiente ecumênico;

b) imersão na cultura nacional, através de vivência e estudos dos costumes, características e problemática do Episcopado;

c) Estágio com duração não menor que um ano em igreja ou instituição já estabelecida no Episcopado, concomitante com estudos sobre posições doutrinárias, história, costumes, liturgia e legislação, em seminário regional ou Faculdade de Teologia.

V - Modelo de Igreja do Campo Missionário

A Igreja é a comunidade de fé que vive em amor, sob a ação do Espírito na comunhão da Palavra e Sacramentos e se estende em evangelização e testemunho ao mundo ao seu redor.

A igreja a ser desenvolvida no campo missionário deverá incorporar em seu modo de ser e agir, os pressupostos estabelecidos na filosofia do trabalho missionário, constantes deste Plano Diretor e, apresentará, portanto, as seguintes características:
  
1 - A igreja do campo missionário estará vinculada à Igreja e obedecerá a seus Cânones e posicionamentos definidos pelo Conselho Apostólico;

2 - Os problemas da comunidade na qual se insere se constituirão em elemento importante de suas preocupações e programação;

3 - Os valores positivos existentes na comunidade mais ampla ao seu redor serão devidamente apreciados e assimilados pela igreja nascente;

4 - A igreja desenvolverá um posicionamento isento de preconceitos (sociais, religiosos e culturais) para com a comunidade maior;

5 - O sentimento de solidariedade, especialmente para com as camadas carentes, social e economicamente da população, deverá estar presente na Igreja em crescimento no campo missionário;

6 - A igreja será aberta à comunidade e oferecerá suas instalações e recursos às associações e agências que estejam voltadas para o atendimento aos interesses do povo;

7 - Atenção especial deverá ser dada pela igreja à educação cristã de seus próprios membros e às necessidades educacionais gerais da população ao seu redor;

8 - A igreja dará atenção ao desenvolvimento de lideranças leigas, para o trabalho evangelizante, educacional e social que desenvolva, e cultivará lideranças populares, que atuem efetivamente na comunidade mais ampla a seu redor;

9 - A igreja local participará gradativa e crescentemente na cobertura de suas despesas, de modo a alcançar seu sustento próprio dentro do prazo previsto no seu projeto;

10- O trabalho missionário será periodicamente avaliado à luz dos objetivos propostos; caso não tenham sido alcançados, o respectivo Conselho redimensionará o Projeto em desenvolvimento.

VI - Normas de Funcionamento

Os campos missionários, quer no âmbito local, distrital, regional ou geral, serão operacionalizados observados os seguintes itens:
  
1 - Manutenção

1.1 Manutenção regular

Entende-se por manutenção regular do campo missionário a cobertura das despesas com o subsídio do obreiro, aluguel de casa, aluguel de propriedade para a promoção das atividades missionárias e verba pró-labore ( calculada em vista das condições do local onde se localiza o campo), as quais são incluídas no orçamento da Igreja;

1.2 Projetos especiais

Entende-se por projetos especiais a realização de programas ou projetos que visem à consolidação ou aceleração dos trabalhos do campo missionário ( compra de propriedades, veículos, equipamento, realização de cursos, séries de pregações e outros), e que dependem de levantamento de cursos extras, levantados na forma de um Programa de Promoção Missionário, anexo a este Plano, ou de solicitações a Igrejas ou Agências Cooperantes.
  
1.3 Fontes de recursos

Os recursos para o sustento e implementação do campo missionário advirão de:

a) verba incluída no orçamento - programa do Conselho que sustenta o campo;

b) ofertas levantadas no próprio campo missionário;

c) ofertas missionárias levantadas nos cultos públicos, distribuídas proporcionalmente aos campos missionários, através da Secretaria Episcopal Econômico Financeira;

d) contribuições de Igrejas e Agências Cooperantes;

e) levantamento de recursos extras, por meio de campanhas especiais, nos termos do Programa de Promoção Missionária;

f) doações e legados;

g) outras fontes.

VII - Casos Omissos

1 - Os casos omissos serão resolvidos pelos Conselhos respectivos.

2 - Os organismos integrantes da Administração Superior, Intermediária e Básica, especialmente as igrejas locais, elaboram seus planejamentos e programas de evangelização e afins, segundo os ditames do Plano Missionário da Igreja.
  
3 - O Conselho Apostólico é soberano para legislar e decidir sobre quaisquer instâncias ou assuntos da Igreja, conforme mandamento do SENHOR JESUS CRISTO.
 
O Conselho Apostólico
UNIVERSAL ASSEMBLEIA DA SANTA ALIANÇA CRISTÃ