terça-feira, 17 de maio de 2011

De Carriker: O Caminho Misionario de Deus

 

No tempo da conquista de Canaã, Israel era uma liga tribal, uma confederação livre de clãs unidos em torno da adoração a Iahweh. Porém, por quase dois séculos não havia nenhum governo central. Israel era governado por juízes, que o Espírito de Iahweh levantava em tempos de emergência para reunir as tribos para se defenderem contra o inimigo (Juízes 3.10; 14.6). Os juízes possuiam uma autoridade carismática que representava bem a teocracia de Israel. Iahweh era seu único rei, que reinava sobre o povo através do seu representante designado. Havia um foco na organização de Israel, porém não era governamental, mas religioso, centralizado na arca da aliança (1 Samuel 4.1-4). A fraternidade do povo era afirmada quando se reuniam diante dela, nos dias de festa, para renovar sua aliança com Iahweh. Eles conscientemente rejeitaram a idéia da monarquia, tão proeminente nas culturas ao seu redor (Egito, Assíria, Pérsia e Babilônia), e também recusaram-se a imitar o padrão de cidade-estado da Canaã antiga. Eram uma teocracia tribal, um povo, não tanto geográfica ou politicamente, mas religiosamente; e seu rei era Iahweh. Isto é bem ilustrado pela rejeição por Gideão de ser rei: “Não domina rei sobre vós, nem tão pouco meu filho dominará sobre vós; o Senhor vos dominará” (Juízes 8.23). Mesmo assim, a própria recusa de Gideão demonstra certa ansiedade do povo e desejo de ter, de fato, um rei, e, assim, ilustra a rebelião e julgamento que tanto caracterizou o período desde o êxodo (1304 a 1290 a.C.) até a destruição do primeiro templo (586 a.C.).

 

O conceito do reino A invasão dos filisteus. Em última análise, foi a ameaça dos filisteus que forçou Israel a introduzir a monarquia e disto, estabelecer  um estado pleno e territorial. Os filisteus eram bem mais organizados e militarmente efetivos que os cananeus. Já haviam forçado a tribo de Dã a ir para o Norte. Mas o golpe decisivo aconteceu quando os filisteus cortaram Israel pela metade, capturaram a arca, mataram os sacerdotes da arca e estirparam Silo junto com seu santuário (1 Samuel 4). Era uma derrota total, a mais profunda humilhação militar e espiritual. O povo de Deus foi esmagado (1 Samuel 13.19-23) e ficou em desespero, procurou união sob um rei que deveria ser apontado “por uma duração”. O carisma falhou e o povo, angustiado, se voltou para a monarquia. O desenvolvimento do conceito:

 

1. seu surgimento. Embora a idéia de realeza tenha começado cedo no pensamento dos israelitas (Gênesis 36.31; Êxodo 19.6), a instituição do reino demorou quase duzentos anos, durante o período dos juízes, antes de se concretizar. De fato, a atitude do Velho Testamento a respeito de um rei é profundamente ambígua. A instituição do reino na vida nacional de Israel chegou a ser vista hesitante e criticamente. Em si, a instituição não era essencial à salvação de Israel (1 Samuel 8-12, especialmente 12.15,25). Era até vista como um ato de apostasia do reino verdadeiro de Iahweh, para uma imitação falsa e ilegítima dos reis pagãos. Por outro lado, no Velho Testamento, esta perspectiva bastante negativa da ideologia da monarquia é contrabalanceada por uma perspectiva positiva do reino como designação divina para o bem do povo. Era seu dever governar Israel com justiça, proteger os fracos e dirigir o povo para a verdadeira adoração a Deus. Quando Israel pediu a Iahweh por um rei, ele não aprovou por causa da rejeição da teocracia, implícita no pedido , do domínio unicamente de Iahweh sobre eles (1 Samuel 8.6-9). Apesar disto, eles escolheram Saul, que então os levou à ruína.

 

2. Saul. Saul exemplificava bem porque o Velho Testamento via a monarquia negativamente (embora ele tenha sido designado pela graça de Deus, 1 Samuel 9.15-17!) pois, embora Saul tenha ganho vitórias iniciais contra os filisteus, foi sob seu mal-reinado que os filisteus eventualmente dominaram a terra (1 Samuel 31). Em vista disto, Iahweh instituiu o reino permanente da linha davídica (1 Samuel 13.14).

 

3. Davi. Todos os aspectos bons e benéficos da monarquia, que pertencem a uma perspectiva favorável da instituição, são focalizados em Davi e seus descendentes. Foi Davi que salvou seu povo, pelo seu carisma, sua liderança militar e agudeza política. Destruiu os filisteus, fez de Jerusalém sua capital e sua propriedade particular, reduziu as fortalezas cananéias, fez do transjordão seu tributário e estendeu o poder de Israel até a Síria. Aliás, Davi realmente completou a conquista de Canaã e, sob sua liderança, cada centímetro de solo palestino então era Israel, ou estava sob domínio israelita. O que foi confederação indefinida de tribos pisadas sob o calcanhar de um opressor estrangeiro numa geração, então, se tornou um império de tamanho considerável. Um novo Israel surgira, e a idade dourada começara. Aqui encontramos um rico vocabulário que descrevia o rei como: “filho de Deus” (Salmo 2.7), sacerdote de uma ordem única (Salmo 110.4) e até o próprio folêgo que dava vida ao seu povo (Lamentações 4.20). O rei, se permanecesse obediente à vontade divina, poderia ser uma fonte de vida, salvação e benção para o povo de Iahweh (1 Samuel 12.14; Salmo 132.12).

 

É nesta conexão de um vocabulário singular para descrever o rei Davi, que o Velho Testamento relaciona o reino à eleição. E é na eleição de Israel, muito precedente à monarquia, que o conceito do reino começa a germinar. A eleição conscientizava Israel de que era um povo chamado para viver sob o reinado de Deus, e é neste lugar que a noção do reino de Deus encontra suas raízes. Não é surpreendente, então, que a perspectiva positiva da monarquia, encontrada em Davi, seja ligada à eleição. Deus elegeu Davi como rei (Salmo 89.3-4, 33-34; 78.67-72; 132.10-18; 18.50). A aliança de Deus com Davi, inclusive, segue os padrões da aliança patriarcal. O rei não governava autônomamente ou por vontade própria, mas era o deputado de Deus, responsável ao Suserano divino pela sua conduta (assim a aliança com Davi é semelhante à aliança mosaica). Mas a ênfase está não nas obrigações, e, sim, nas promessas incondicionais de Deus. A nação é segura porque assim Deus prometeu (2 Samuel 7.15; Salmo 89.33-37; 21.7; 20.6-7).

 

Tudo isto indica que a aliança com Davi chegou a ser vista como uma renovação e extensão das promessas para Abraão. Como em Abraão, em Davi todas as nações serão abençoadas (Salmo 72.17)!

 

Ressaltamos a este respeito que, não era a monarquia como instituição em si que foi eleita, mas a família davídica. Deste modo, quando o desastre de 587 a.C. sobreveio à nação, não foi a monarquia em geral, mas a restauração da monarquia, especificamente de Davi, que se tornou o foco da esperança da libertação e independência política de Israel (Jeremias 33.14-25; Ezequiel 37.24-25). Portanto, o reino davídico se tornou o símbolo visível da eleição de Israel e serviu como testemunho da relação especial entre Iahweh e a nação. Inclusive, o relacionamento entre Deus e o rei poderia ser chamado de “aliança” (2 Samuel 23.5; Isaías 55.3; Jeremias 33.19-22) e era o ponto central de contato e mediação entre Deus e seu povo. Isto não significa que a monarquia não era sujeita à crítica. Às vezes, devido a fracassos morais e sociais (1 Samuel 8.11-18), às vezes por deficiências religiosas ou de culto (1 Reis 11.7-13; 12.26-33), e outras vezes porque o povo confiava mais na instituição do que era propriamente justificável (1 Samuel 8.7; 12-15, 17, 25), o criticismo foi dirigido à monarquia. Ainda assim, tais críticas não levam a uma rejeição completa da instituição. Como na aliança abraâmica, a dinastia davídica faria um papel especial como personificação e representação do relacionamento único entre Iahweh e Israel.

 

4. Salomão. Na pessoa de Salomão, a base da liderança sobre Israel finalmente passou do carisma para a dinastia. Com ele, Israel acumulou mais riquezas, poder e prestígio. Seu reinado trouxe prosperidade material e segurança física, tais como Israel jamais sonhara e que nunca mais iria conhecer. Colhendo os frutos das realizações do seu pai, Salomão se destacou nas áreas de relações internacionais, indústria metalúrgica, comércio e negócios mundiais, construções megalíticas, literatura, e alianças judiciosas. A Bíblia não se cansa de contar da riqueza e esplendor da corte de Salomão (1 Reis 10.11-29). Mas, também com Salomão, o estado de Israel chegou a ser igualado com o reino de Deus. A sacralização inevitável aconteceu. Os propósitos de Deus na história vieram a ser entendidos como equivalentes à ordem existente, o status quo. Tudo isto se fez em face da tensão social aguda, surgindo do nepotismo e favoritismo na corte real, impostos opressivos, serviço militar obrigatório e compromisso religioso. Eventualmente, a maioria dos israelitas rejeitaram o estado salomônico como cumprimento do destino de Israel e uma revolução estourou sob a liderança de Jeroboão, um chefe das turmas de trabalho forçado. O preço desta revolução foi um total desastre político, do qual Israel nunca se recuperou. Em poucas gerações, Israel passou de teocracia para a monarquia forte e solidária, e então para a monarquia fraca e dividida. A análise do conceito. A monarquia, especialmente a de Davi, deixou sua marca inesquecível em Israel. Parecia que o destino do povo de Deus tinha enfim se realizado além dos seus sonhos mais queridos, e deste modo, que a promessa para Abraão, “de ti farei uma grande nação” (Gênesis 12.2), tinha se cumprido, e que o reino de Deus de fato tinha sido estabelecido em Israel. Nas épocas seguintes de dificuldade, o povo tinha muitas saudades dos tempos bons de Davi, que havia se transformado na perdida Idade de Ouro. A esperança de Israel pelo reino de Deus, depois da sua divisão e ainda mais tarde, em seu cativeiro, só poderia assumir a analogia do reino de Davi. Seria impossível o israelita pensar no messias vindouro, salvo como um Davi redivivo, um novo Davi. O tema do reino davídico olhava para um futuro no qual um filho de Davi reinaria sobre Israel, até sobre as nações, trazendo a maravilhosa idade de prosperidade, justiça e de paz. 1. Um conceito religioso. Isto aconteceu, em grande parte, por causa da natureza eminentemente religiosa da monarquia. O reino jamais se limitava à esfera simplesmente política e administrativa. Era intimamente ligado ao culto a Iahweh. É significante que o templo, ao invés do palácio, era visto como o centro do reinado universal de Iahweh (Isaías 2.1-4). Os reis, portanto, faziam um papel importante na fé do povo de Deus. Davi heroicamente trouxe a arca para sua cidade particular, Jerusalém, e instalou seus filhos como sacerdotes (2 Samuel 8.18). Salomão se incumbiu de construir um grandioso templo (1 Reis 6.1-38), e Josias aceitou e até encorajou a grande reforma da fé (2 Reis 22.11-23.27). De fato, o rei era elogiado ou repreendido de acordo com a maneira como ele controlava o culto (1 Reis 15.11-15; 22.52-53; 2 Reis 10.18-31; 12.4-16, etc.) O conceito do reino logo se ligava às esperanças escatológicas de Israel. Por “escatológico” nos referimos ao sentido mais amplo (e  não mais restrito das “últimas coisas”, que só aparece no fim do período veterotestamentário) de ter Israel uma orientação para o futuro, uma esperança futura, que se expressava em referência ao reino. Tal esperança futura se desenvolveu mais a partir do período dos profetas do século VIII. Estes profetas pré-exílicos anteciparam a vinda de um rei ideal da linhagem davídica (“o Messias”) que, reinando como o vice-rei de Deus, traria justiça e paz na terra. E os apóstolos não hesitavam em identificar este filho de Davi, como o Salvador Jesus (Atos 13.20-23).

 

O reino de Davi apontava para o futuro através da idéia do messias. O termo já fora aplicado a Davi como o “ungido” de Deus, por ele ser seu “filho” (Salmo 2.7; 89.27; 2 Samuel 7.14). E como anteriormente mencionado, veio a se referir ao descendente de Davi que viria inaugurar o prometido reino de Deus (Amós 9.11-12; Oséias 2.5; Isaías 9.2-7; 11.1-9; 32.1; 33.17; Jeremias 33.19-26; Ezequiel 37.24-28). Tal reino, também como anteriormente mencionado, teria uma orientação religiosa. Enquanto entendido em termos altamente racionais e políticos durante os reinados de Davi e Salomão, com a subseqüente desilusão no estado, e depois a divisão e ainda o cativeiro, o reino adquiriu uma interpretação cada vez mais espiritual. A ligação religiosa do reino e, especificamente, a ideologia acerca de Jerusalém e do templo, grandemente adiantou esta interpretação espiritual. Já vimos como Davi tomou o primeiro passo no surgimento desta ideologia quando trouxe a arca para a sua cidade, Jerusalém. Salomão promoveu ainda mais a ligação religiosa do reino quando construiu o grandioso templo bem na capital do reino, ainda Jerusalém. Com isso, o Velho Testamento desenvolve uma perspectiva teológica distinta sobre a significância do monte de Sião (Salmo 84.5-7; 87.1-3; 132.13-14). Jerusalém, o centro político de Israel, adquiriu uma natureza profundamente religiosa, até santa, pela presença do templo nela (Jeremias 3.17; Isaías 62.1-12). Jerusalém chegou a ser em si a fonte de vida, luz e prosperidade para o povo de Deus (Salmo 92.12-15; Ezequiel 47.1-12). Dela, a justiça, a luz e a verdade seriam distribuídas para as nações (Isaías 2.3-4; 60.1-4) e nela todas as nações se reuniriam para adorar a Deus (Isaías 66.10-24). No fim, toda a humanidade se beneficiaria através da paz e prosperidade de Jerusalém e o bem-estar do povo de Deus (Zacarias 14.16-21). Tal era a extensão da espiritualização de Jerusalém que, mais tarde, seria usada como imagem do céu e para expressar o estado final do cumprimento abençoado que o destino de Israel aguardava (Apocalipse 21.2). Em resumo, o conceito do reino, através da sua ligação à dinastia davídica, à Jerusalém e ao templo, adquiriu características religiosas e escatológicas. Ele se referia à fé de Israel e à sua esperança orientada para o futuro pela vinda do messias que inauguraria o reino de Deus. Tanto seu aspecto religioso quanto a sua orientação futura teriam grandes significâncias por todo o resto da Bíblia, culminando na vinda de Jesus e o registro do Novo Testamento.

 

 

IMPLICAÇÕES ATUAIS

 

O conceito do reino, fruto do surgimento da monarquia, contribue para a compreensão da tarefa missionária do povo de Deus. Consideremos as suas implicações. O conceito do reino: 1. O conteúdo da mensagem missionária. O conceito do reino terá cada vez mais significância ao longo da revelação bíblica. Decerto, constituiu o âmago da pregação de Jesus desde o início (Marcos 1.15) até ao fim (Atos 1.3). A última cena da história da igreja em Atos fecha descrevendo a pregação missionária de Paulo nestes termos (28.31). A mensagem que ocupa a igreja até a volta de Jesus é o evangelho especificamente “do reino” (Mateus 24.14). Anunciamos a chegada do rei davídico prometido e do reino de Deus que este inaugurou. 2. O anúncio da esfera do reino. O reino de Deus que anunciamos é um domínio sobre toda a sua criação, até aos confins da terra. Com Davi, o reino de Israel alcançou sua máxima extensão em toda a sua história. Mas, através do seu descendente, esta esfera não terá limites. Cabe ao povo de Deus levar avante, para cada canto do globo, o anúncio do domínio universal de Deus através de Jesus Cristo. 3. O anúncio da existência do reino. No Velho Testamento, o termo “reino” (malkûth) se refere principalmente ao fato do reino (reinado), e somente secundariamente à esfera daquele reino. Neste sentido, a palavra grega basileia, no Novo Testamento, traduz corretamente o original. A referência principal é ao fato do reinado soberano de Deus. Agora, este fato em si não é novidade. Aliás, temos destacado nos capítulos anteriores que o reino de Iahweh sobre Israel e toda a terra é fundamental à sua fé desde os relatos da criação. O reinado, especialmente de Davi, concretiza mais a idéia do reino de Deus apontando para paz, justiça e prosperidade. Decerto, estas idéias ainda passam por um processo de espiritualização. Mas sem o acontecimento do reinado de Davi, o judeu mal poderia imaginar como seria o messias da linhagem davídica. Então, o fato do reino de Iahweh não é a notícia para se anunciar. O anúncio é que, em Jesus, este reino se tornou realidade presente, fato com que cada um tem que tratar. Não é mais remoto ou apenas esperado, pertencente ao fim dos tempos ou a uma esfera transmundana da realidade. Cada um deve levar em conta a presença do rei Jesus e a realidade do seu reino. 4. O anúncio do evento do reino. Como os reinos de Saul, Davi, Salomão, etc. eram acontecimentos históricos que tocaram concretamente a vida do povo de Deus, também é o reino que Jesus inaugurou. Era um evento histórico, não dogmático ou filosófico. O anúncio do reino é a proclamação de um evento histórico, de um acontecimento acerca da vida, morte e ressurreição de Jesus. Exige não só afirmação intelectual, como uma doutrina, mas aceitação, transformação e sujeição, como um relacionamento. 5. Um anúncio não tanto político quanto religioso. Pela sua associação com a arca e depois com o templo, reparamos que o conceito do reino era intimamente ligado ao culto e à fé israelita. Isto não quer dizer que o conceito era apolítico, e muito menos a-histórico. Inclusive, no início da monarquia israelita, o conceito era mais político que religioso. De fato, era impossível separar totalmente estas duas esferas de ação. Entretanto, a direção do desenvolvimento do conceito do reino foi logo marcada pela sua associação com o culto. A tendência espiritualizante cresce através de toda a revelação da Bíblia até achar seu primeiro cumprimento no ministério de Jesus, e ainda aguarda mais cumprimento na volta do mesmo. Precisamos andar com certo cuidado aqui, pois vale a pena frisar que, por um lado, o reino de Deus não é principalmente político. Por outro lado, inclui também a política, pois não devemos negar-lhe sua tarefa histórica. O reino de Deus é sua administração soberana sobre toda a criação que, por sua vez, demanda a resposta de adoração e compromisso, uma obrigação que tem ramificações na vida pessoal e social, que atinge fundamentalmente a pessoas e, através delas, todos os seus relacionamentos familiares, comunitários, econômicos, políticos, etc. O convite para entrar no reino implica numa aliança com Deus. A pregação do reino é, antes de tudo, uma chamada à adoração e ao compromisso com Jesus que, por conseqüência e como parte deste chamado, convoca uma transformação em todas as relações humanas. 6. Seu centro é a nova Jerusalém e Jesus. Como nos reinos de Davi em diante, o reino de Deus tem como o seu centro a nova Jerusalém e Jesus, o rei (Hebreus 12.22-24). A glória de Deus ainda habita nela e o seu centro é Jesus (Apocalipse 21.9-11, 23), cuja luz ilumina o caminho para a vinda das nações. Já não é mais uma cidade geográfica, mas uma pessoa e seu reino que será o centro da reunião do povo de Deus e, eventualmente, dos povos. “Naquele dia recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; e a glória lhe será a morada” (Isaías 11.10). O reino que anunciamos tem seu centro na pessoa de Jesus. É ele que proclamamos para todos os povos.

 

 

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO:

 

1. O Velho Testamento avalia positiva ou negativamente o surgimento da monarquia?

2. Que significava para Israel o conceito “reino de Deus”? Que significa para a igreja hoje?

3. Pode a igreja hoje cair no mesmo perigo de Israel no período da monarquia, isto é, de se igualar ao reino de Deus?

4. Qual é a ligação entre o conceito de eleição e a monarquia?

5. Considerando: a) que o reino de Deus tem implicações políticas religiosas e b) que deve haver equilíbrio entre estes dois pólos, o que a igreja precisa, no Brasil, para ser equilibrada no anúncio do reino?

 

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