sexta-feira, 13 de maio de 2011

I - Da Fé na Santa Trindade
  
Há um só DEUS vivo e verdadeiro, eterno; de poder, sabedoria e bondade infinitos; criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Na unidade desta divindade, há três pessoas: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO DE DEUS.
  
Algumas características da Trindade foram reveladas pelo SENHOR REI dos reis JESUS CRISTO:
  
a) O Pai é maior do que o FILHO, conforme João 14:18 ("Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.");

b) O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um, conforme I João 5:7, ("Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um." );

c) O Espírito Santo é o Espírito Consolador e Mestre de todas as coisas aos filhos de Deus, conforme João 14:26 ("Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.");

d) Não há perdão para quem blasfemar contra o Espírito Santo, conforme Marcos 3:29 ("29 Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo"), e ainda em Lucas 12:10 ("E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe será perdoado.");
  
e) O Pai testifica do Filho, conforme Lucas 3:22 ("E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.");

f) O Espírito Santo concebeu o Filho em mulher virgem, conforme Mateus 1:18 ("Ora, o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.");

g) O Espírito de Deus é a sua aliança no Filho, conforme Salmos 51:11 ("Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.")
 
II - Do Verbo ou Filho de DEUS que se Fez Verdadeiro Homem

O FILHO, que é o Verbo do PAI, verdadeiro e eterno DEUS, da mesma substância do PAI, tomou a natureza humana no ventre de mulher virgem, de maneira que duas naturezas inteiras e perfeitas, a saber, a divindade e a humanidade, se uniram em uma só pessoa para jamais se separar, a qual pessoa é CRISTO, verdadeiro DEUS e verdadeiro Homem, que realmente sofreu, foi crucificado, morto e sepultado, para nos reconciliar com seu PAI e para ser um sacrifício não somente pelo pecado original, mas também pelos pecados atuais dos homens, conforme João 1.

III - Da Ressurreição de JESUS CRISTO

JESUS CRISTO, na verdade, ressuscitou dentre os mortos, tomando outra vez o seu corpo com todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu ao Céu estando Ele à destra de DEUS PAI TODO PODEROSO, conforme I Pedro 3:21 e 22 (“21 Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo; 22 O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.”).

IV - Do Espírito Santo de Deus

O Espírito Santo é o Espírito Consolador e Mestre de todas as coisas aos filhos de Deus, conforme João 14:26 ("Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.").

O ESPÍRITO SANTO DE DEUS, que procede do PAI e do FILHO. Ele é o que intercede por nós com gemidos inexprimíveis e amigo fiel que nos sela para o dia da redenção do nosso corpo. Como nos mostra Romanos 14:17 (“17  Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo..”).
 
V - Da Suficiência das Santas Escrituras para a Salvação

As Santas Escrituras contêm tudo que é necessário para a salvação, de maneira que o que nelas não se encontre, nem por elas se possa provar, não se deve exigir de pessoa alguma para ser crido como artigo de fé, nem se deve julgar necessário para a salvação. Entende-se por Santas Escrituras os livros canônicos do Antigo e do Novo Testamentos de cuja autoridade nunca se duvidou na Igreja, a saber, do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, e Malaquias;

E do Novo Testamento: Evangelhos; segundo S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas, e S. João; Atos dos Apóstolos; Epístolas de S. Paulo: aos Romanos, I e II aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, I e II aos Tessalonicenses, I e II a Timóteo, a Tito e a Filemom; Epístola aos Hebreus; Epístola de S. Tiago; Epístola I e II de S. Pedro; Epístola I, II e III de S. João; Epístola de S. Judas, e o Apocalipse.

As escrituras reconhecidas como apócrifas devem ser tidas por anátema.

 VI - Do Antigo Testamento

O Antigo Testamento não está em contradição com o Novo, pois tanto no Antigo como no Novo Testamentos a vida eterna é oferecida à humanidade por JESUS CRISTO, que é o único mediador entre DEUS e o homem, sendo ele mesmo DEUS e Homem, tendo chegado o tempo do cumprimento da promessa de salvação de DEUS no MESSIAS;
 
VII - Do Pecado Original

Somente em JESUS CRISTO temos a libertação e a remissão do pecado original e dos demais pecados.
 
VIII - Do Livre Arbítrio e da Predestinação

A condição do homem, depois da queda de Adão, é tal que ele não pode converter-se e preparar-se pelo seu próprio poder e obras, para a fé e invocação de DEUS; portanto, não temos forças para fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a DEUS sem a sua graça por CRISTO, predispondo-nos para que tenhamos boa vontade e operando em nós quando temos essa boa vontade.

A melhor tradução para livre arbítrio será livre escolha, diante do DEUS soberano, que nos permite escolher, pelo conhecimento da verdade, observando-se que há os predestinados segundo a onisciência de DEUS para que se cumpram os seus propósitos.

A Igreja entende que se manifestam para os homens tanto o livre arbítrio como a predestinação, segundo a vontade de DEUS.
 
IX - Da Justificação do Homem

Somos reputados justos perante DEUS somente pelos merecimentos de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO, por fé e não por obras ou merecimentos nossos; portanto, a doutrina de que somos justificados somente pela fé é mui sã e cheia de conforto.
 
XII - Das Boas Obras

Posto que as boas obras, que são o fruto da fé e seguem a justificação, não possam tirar os nossos pecados, nem suportar a severidade do juízo de DEUS, contudo são agradáveis e aceitáveis a DEUS em CRISTO, e nascem de uma viva e verdadeira fé, tanto assim que uma fé viva é por elas conhecida como a árvore o é pelos seus frutos.
 
XIII - Das Obras de Superrogação

As obras voluntárias que não se achem compreendidas nos mandamentos de DEUS, as quais se chamam obras de superrogação, não se podem ensinar sem arrogância e impiedade; pois, por elas, declaram os homens que não só rendem a DEUS tudo quanto lhe é devido, mas também de sua parte fazem ainda mais do que devem, embora CRISTO claramente diga: “Quando tiverdes feito tudo o que se vos manda, dizei: Somos servos inúteis”.

 XIV - Do Pecado Depois da Justificação

Nem todo pecado, cometido depois da justificação, é o pecado contra o ESPÍRITO SANTO DE DEUS e imperdoável, todavia Hebreus 6:4 nos adverte que é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de DEUS, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o FILHO DE DEUS, e o expõem ao vitupério. Por isso, devemos ser vigilantes e não se entregar voluntariamente ao pecado, conforme demonstrado em Hebreus 6.

Deste modo, cabe ao sacerdote ministrar o perdão sobre o pecador reincidente, conforme João 20:23 (“23 Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”).
 
XV - Da Igreja

A Igreja visível de JESUS CRISTO é uma congregação de fiéis na qual se prega a pura Palavra de DEUS e se ministram devidamente os sacramentos, com a presença do ESPÍRITO SANTO, com todas as coisas a eles necessárias, conforme a instituição de CRISTO, como mostra:

a) Mateus 16:18: (“13 E, chegando JESUS às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? 14 E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. 15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o CRISTO, o Filho do Deus vivo. 17 E JESUS, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. 18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; 19 E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”).

b) Atos 9:31: (“CAPÍTULO 9, 31 "Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.").

c) Apocalipse 22.
 
XVI - Do Purgatório, Indulgências e Relíquias

A doutrina do purgatório, das indulgências, veneração e adoração tanto a imagens como de relíquias, uso de crucifixos e terços para orações repetitivas, bem como a invocação dos santos são heresias.

 XVII - Do Falar na Congregação em Língua Desconhecida

O Apóstolo Paulo aconselha a igreja que as celebrações no culto público na Igreja, ou ministrar os sacramentos, em língua que o povo não entenda seja evitado, mas sem proibições, de forma que o ministro deve ser livre no ESPÍRITO SANTO DE DEUS para fazer ministrações em línguas estranhas quando direcionadas pelo SENHOR, com todo o temor e tremor dos irmãos no SENHOR REI dos reis JESUS CRISTO .

 XVII - Dos Sacramentos

Os sacramentos instituídos por CRISTO não são somente distintivos da profissão de fé dos cristãos; são, também, sinais certos da graça e boa vontade de DEUS para conosco, pelos quais Ele invisivelmente, opera em nós, e não só desperta, como fortalece e confirma a nossa fé nEle. Dois somente são os sacramentos instituídos por CRISTO, nosso Senhor, no Evangelho, a saber: o batismo e a Ceia do Senhor. Os outros cinco, vulgarmente chamados sacramentos, a saber: a confirmação, a penitência, a ordem, o matrimônio e a extrema unção, não devem ser considerados sacramentos do Evangelho. Sendo, como são, em parte, uma imitação corrompida de costumes apostólicos e, em parte, estados de vida permitidos nas Escrituras, mas que não têm a natureza do batismo, nem a da Ceia do Senhor, porque não têm sinal visível, ou cerimônia estabelecida por DEUS. Os sacramentos não foram instituídos por CRISTO para servirem de espetáculo, mas para serem recebidos dignamente. E somente nos que participam deles dignamente é que produzem efeito salutar, mas aqueles que os recebem indignamente recebem para si mesmos a condenação, como diz S. Paulo em I Coríntios 11.29.
 
XVII - Do Batismo

O batismo não é somente um sinal de profissão de fé e marca de diferenciação que distingue os cristãos dos que não são batizados, mas é, também, um sinal de regeneração, ou de novo nascimento.

O batismo de crianças não está explicitado no evangelho. Na Igreja, as crianças, são apresentadas ao Senhor para receberem orações e cobertura espiritual, até que tenham a consciência do pecado e da salvação, para receberem o batismo enquanto filhos de DEUS. O Reino de Deus pertence às crianças.

O batismo é também um ato profético de fé para cumprimento de toda a justiça em CRISTO. Ele está relacionado ao nosso arrependimento e remissão de nossos pecados e a confissão de fé de entrega de vida ao nosso SENHOR REI dos reis JESUS CRISTO , onde sepultamos o corpo material corruptível, para que na regeneração dos mortos ressuscitemos em corpo espiritual incorruptível, no Senhor DEUS JESUS CRISTO, Verdadeiro Homem e Verdadeiro DEUS.

Assim como o SENHOR foi batizado nas águas, sejamos nós, segundo Matus 3.

XVIII - Da Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor não é somente um sinal do amor que os cristãos devem ter uns para com os outros, mas antes é um sacramento da nossa redenção pela morte de CRISTO, de sorte que, para quem ceia, dignamente e com fé o recebe, o pão que partimos é a participação do corpo de CRISTO, como também o cálice de benção é a participação do sangue de CRISTO. A transubstanciação ou a mudança de substância do pão e do vinho na Ceia do Senhor não se pode provar pelas Santas Escrituras e é contrária às suas terminantes palavras; destrói a natureza de um sacramento e tem dado motivo a muitas superstições. O corpo de CRISTO é dado, recebido e comido na Ceia somente de modo espiritual. O meio pelo qual é recebido e comido o corpo de CRISTO, na Ceia, é a fé. O sacramento da Ceia do SENHOR não era, por ordenação de CRISTO, custodiado, levado em procissão, elevado nem adorado.

XIX - De Ambas as Espécies

O cálice do Senhor não se deve negar aos Irmãos, porque ambas as espécies da Ceia do Senhor, por instituição e mandamento de JESUS CRISTO, devem ser ministradas a todos os cristãos igualmente.

XX - Da Oblação Única de JESUS CRISTO Sobre a Cruz
  
A oblação de JESUS CRISTO, feita uma só vez, é a perfeita redenção, propiciação e satisfação por todos os pecados de todo o mundo, tanto o original como os atuais, e não há nenhuma outra satisfação pelo pecado, senão essa. Portanto, o sacrifício da missa, no qual se diz geralmente que o sacerdote oferece a CRISTO em expiação de pecados pelos vivos e defuntos, é fábula blasfema e engano perigoso.
 
Jailson, servo e apóstolo de Jesus Cristo

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