sábado, 7 de maio de 2011

Epíscopos e Diáconos

XL - Do Entendimento de Epíscopos, Presbíteros, Pastores e Diáconos na Igreja do Primeiro Século

a)    Epíscopos e Diáconos

Em Filipenses 1:1 (“1PAULO e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: 2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do SENHOR Jesus Cristo.”), escrevendo aos irmãos de Filipos, Paulo e Timóteo referem-se explicitamente a dois tipos de encargos na igreja: Epíscopos e diáconos.

b)    Epíscopo é o encargo do Presbítero

Em Atos 20:17 (“De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: ”) e Atos 20:28 (“Olhai, pois por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”), fica claro que os Epíscopos são os mesmos Presbíteros da igreja e que seu trabalho é o de pastorear o rebanho de Deus. Daí, podemos afirmar que os Epíscopos são os Presbíteros investidos do encargo (da atividade) de pastorear. Desta forma, temos que o Presbítero é igual a Ancião e refere-se à qualificação de maturidade da pessoa;  o Epíscopo (Bispo ou Supervisor) refere-se ao encargo dado pelo Espírito Santo ao Presbítero de olhar pelo rebanho. No texto acima, a palavra grega para “constituir” tem o sentido de “dar o encargo de”, “comissionar para”. Enquanto que Pastorear refere-se ao trabalho que realiza o Presbítero em seu encargo de supervisão, a episcopê. Pastorear significa alimentar, cuidar e conduzir o rebanho de Deus com ensinamento. Reconhecidamente, o trabalho de pastorear a Igreja foi dado pelos apóstolos aos Presbíteros, de forma que os Presbíteros, enquanto oficiais da Igreja, são os Epíscopos. Portanto, os Pastores modernos são na verdade os mesmos Presbíteros que receberam esse encargo, sendo, portanto, Epíscopos do SENHOR, enquanto atores da atividade de pastorear. Assim, não se pode separar a autoridade de Epíscopo, que vem do encargo dado pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS, do Presbítero que é ordenado pelas mãos do Presbitério, de forma que se constitui em heresia haver Epíscopos separados de Presbíteros em Ordens superiores uns dos outros, pois são estes na verdade duas características de um mesmo homem (ou mulher) para pastorear o rebanho do SENHOR, enquanto autoridade constituída pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS.

Queremos dizer que uma vez que um homem é eleito Presbítero, no sentido de liderança na Igreja, como fizeram os DOZE, incluindo Matias, ele é encomendado a pastorear o rebanho do SENHOR na autoridade de Epíscopo, nos termos da Palavra de DEUS, de maneira que um Presbítero que não é reconhecido Epíscopo, de fato está sendo destratado pela ignorância na interpretação bíblica, que ignora o entendimento espiritual da unção de DEUS pelo seu ESPÍRITO SANTO DE DEUS, mas que de fato esse Presbítero é um Epíscopo, posto que a autoridade Pastoral sobre ele derramada pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS no momento da imposição de mãos não pode ser retirada por nenhum homem, uma vez que o chamado e os dons de DEUS são irrevogáveis. Já os que são reconhecidos Epíscopos de fato são Presbíteros, posto que esse encargo foi estabelecido pelos Doze apóstolos, incluindo Matias, aos Anciãos e Anciãs, de forma que não há Epíscopos sobre Presbíteros, mas sim que há Presbíteros exercendo o episcopado em diferentes posições seculares de um governo na Igreja, ou num entendimento mais simples, o que há são Presbíteros exercendo o episcopado em diferentes tarefas. Portanto, a Ordem de Epíscopos sobre Presbíteros é biblicamente ilegal, constituindo-se, portanto de um artifício humano usado para gerar uma hierarquização por cargos na Igreja, o cargo de Epíscopo e o cargo de Presbítero, como se fossem apenas instrumentos humanos de organização secular. Lembremos que os DOZE apóstolos do SENHOR foram os primeiros que receberam esse encargo de pastorear o rebanho do MESTRE e, portanto, os DOZE são Epíscopos da Igreja junto com o SUMO EPÍSCOPO. O texto bíblico transliterado do grego em Atos 1:15-25 (“15 kai en taiV hmeraiV tautaiV anastaV petroV en mesw twn adelfwn eipen hn te ocloV onomatwn epi to auto wsei ekaton eikosi 16 andreV adelfoi edei plhrwqhnai thn grafhn hn proeipen to pneuma to agion dia stomatoV dauid peri iouda tou genomenou odhgou toiV sullabousin ihsoun 17 oti kathriqmhmenoV hn en hmin kai elacen ton klhron thV diakoniaV tauthV 18 outoV men oun ekthsato cwrion ek misqou thV adikiaV kai prhnhV genomenoV elakhsen mesoV kai execuqh panta ta splagcna autou 19 kai gnwston egeneto pasi toiV katoikousin ierousalhm wste klhqhnai to cwrion ekeino th idia dialektw autwn akeldamac tout estin cwrion aimatoV 20 gegraptai gar en biblw yalmwn genhqhtw h epauliV autou erhmoV kai mh estw o katoikwn en auth kai thn episkophn autou labetw eteroV 21 dei oun twn sunelqontwn hmin andrwn en panti cronw w eishlqen kai exhlqen ef hmaV o kurioV ihsouV 22 arxamenoV apo tou baptismatoV iwannou ewV thV hmeraV hV anelhmfqh af hmwn martura thV anastasewV autou sun hmin genesqai ena toutwn 23 kai esthsan duo iwshf ton kaloumenon barsabban oV epeklhqh ioustoV kai maqqian 24 kai proseuxamenoi eipan su kurie kardiognwsta pantwn anadeixon on exelexw ek toutwn twn duo ena 25 labein ton topon thV diakoniaV tauthV kai apostolhV af hV parebh ioudaV poreuqhnai eiV ton topon ton idion.”), o texto nos revela no versículo 17 o fundamento da Diaconia Apostólica, que é a Diaconia. Oberve-se que as traduções usam o termo “Ministério”, para traduzir a Diaconia dos Doze Apóstolos, mas o que o apóstolo Pedro diz é que eles eram de fato Diáconos do SENHOR JESUS, portanto, a diaconia apostólica era o fundamento da serventia dos Doze para com DEUS. Já no versículo 20, o apóstolo Pedro usa o termo episkophn (episcopado), para traduzir o episcopado de um apóstolo, ou a supervisão (autoridade)  pastoral que o apóstolo tem sobre o povo de Deus, num contexto em que Judas Iscariotes, o traidor, era substituído por ter perdido o lugar do episcopado em função de sua traição ao SUMO EPÍSCOPO. Depois já no versículo 25, Pedro usa os termos diakonia (serventia, diaconia) e apostolh (apostolado) para caracterizar esses dois fundamentos dos DOZE, de servir e pastorear. Todos esses termos são usados por Pedro para se referir e caracterizar, respectivamente, o episcopado, diaconia e apostolado de um apóstolo. Portando, episkophn (episcopado), diakonia (diaconia, serventia) e apostolh (apostolado) são fundamentos que constituem um apóstolo, no SENHOR JESUS CRISTO, seja dos DOZE, incluindo Matias, seja dos missionários que também são chamados “apóstolos” para fundar igrejas e consagrar Presbíteros ao Episcopado e irmãos à Diaconia. Logo, os apóstolos são “Epíscopos-Diáconos” do SENHOR. Assim, o Episcopado e a Diaconia estão em Cristo e Dele para os DOZE, incluindo Matias, e Dele para a Igreja em todos os séculos, segundo a organização que foi proposta pelos apóstolos e a unção e chamados do ESPÍRITO SANTO DE DEUS. Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; Glória, pois, a Ele eternamente. Amém.

Esse entendimento nos permite afirmar que os DOZE, incluindo Matias, também são PRESBÍTEROS, como bem confirmam os apóstolos Pedro e João em suas cartas apostólicas, de forma que esses amados apóstolos não se separaram dos Presbíteros, pois essa foi a ordem original dada à Igreja por eles, segundo o entedimento da sabedoria do ESPÍRITO SANTO DE DEUS concedida aos DOZE, incluindo Matias. Portanto, um apóstolo é um Presbítero que é Epíscopo-Diácono, ou seja, um apóstolo é um presbítero enviado para a serventia de arrebanhar as ovelhas do SENHOR, constituindo Epíscopos e Diáconos, para o corpo da obra.

É importante notar que esta “condição” dos apóstolo serem Epíscopos-Diáconos nos permite afirmar pela leitura de I Pedro 5:1-5 (“1 AOS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. 5 Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”), que os Presbíteros também são ao mesmo tempo epíscopos e diáconos, no sentido de que sua diaconia (serventia) está em cuidar e ensinar o rebanho do SENHOR JESUS CRISTO, para o reto caminho da salvação. Disto decorre o entendimento de que um Presbítero possui tanto a diaconia como a episcopê, de forma que os demais Diáconos são de fato auxiliares da Diaconia do Presbítero, ou seja, são extensões do corpo para edificação da obra, posto que a diversidade de serviços vem do ESPÍRITO SANTO DE DEUS e seria impossível a um único Presbítero (exceto ao próprio SENHOR JESUS, que pode todas as coisas) exercer sozinho, simultaneamente e dinamicamente, para atender todo o povo, a sua diaconia em todos os serviços espirituais, por isso, a necessidade de outros diáconos, como bem fizeram os DOZE apóstolos, incluindo Matias. Portanto, a diferença fundamental entre os Apóstolos e os Presbíteros está no fato de que os apóstolos são comissionados (pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS) para fundar igrejas e pregar o evangelho intinerantemente (apostolado) e que as suas precedências espirituais estão em consagrar Presbíteros ao Episcopado e levantar servos à Diaconia da Igreja, em lugares em que ainda não há nenhum Presbitério constituído. Semelhantemente, a diferença fundamental entre os Presbíteros e os Diáconos está no fato de que os Presbíteros foram comissionados (pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS) para pastorear e ensinar o rebanho do SENHOR (sendo, portanto, os Presbíteros chamados de Epíscopos), enquanto que os Diáconos são formados pelos irmãos que auxiliam os Presbíteros nos demais serviços (diaconias) da Igreja e são também ovelhas pastoreadas por esses Epíscopos. Os Presbíteros já constituídos podem consagrar novos Presbíteros e novos Diáconos para o serviço da Igreja.

Enfatizemos que o SENHOR JESUS CRISTO é o SUMO ESPÍSCOPO da Igreja e que seus Presbíteros são os Epíscopos constituídos pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS para apascentar o rebanho do SENHOR JESUS CRISTO, seja pela imposição de mãos do Presbitério, ou mais raramente pela unção e comissionamento pelo próprio SENHOR DEUS, como no caso do apóstolo Paulo, de forma que a autoridade episcopal vem de DEUS para esses pastores e não pode ser removida ou separada, por se tratar de uma unção espiritual legitimamente constituída por DEUS.

A falta de entendimento do significado espiritual da unção episcopal de DEUS que consitui um Presbítero no ato da imposição de mãos pelo Presbitério provocou um erro de entendimento que teve como implicação o fato de que, até os dias de hoje, em algumas igrejas, houve a prática da separação pela tradição do Ofício de Epíscopo do Ofício de Presbítero, como se coisa humana fossem eles. Desse erro, procede uma hierarquização de Ordem Episcopal fora dos preceitos apostólicos do primeiro século, quando a unção do ESPÍRITO SANTO DE DEUS constituiu epíscopos para pastorear a Igreja, sendo que esses epíscopos constituídos são os mesmos Presbíteros eleitos dentre o povo, segundo os critérios apostólicos dos DOZE, incluindo Matias, e Paulo. Assim, a incompletude do Presbíteros frente ao Epíscopos, no modelo utilizado posteriormente pelos chamados “pais” da igreja já no segundo século, provoca um desvio da sã doutrina e maldição.

c)    Presbítero e seu Significado

No Sentido Amplo: a palavra Presbítero vem da tradução direta da palavra grega Presbuterou,  que significa  ancião, pessoa mais idosa, mais madura, mais experiente. Neste sentido amplo há muitos presbíteros na igreja como em  I João 2:13-14 e que tem alcançado maturidade no Senhor. Porém, não é a todo irmão maduro que o Espírito Santo comissiona para a tarefa de supervisão da igreja.

No Sentido Restrito: além da pessoa ser madura e experiente, o Presbítero no sentido restrito recebe o comissionamento do ESPÍRITO SANTO DE DEUS para a tarefa de supervisão da igreja e apascentamento do rebanho de Deus. Pedro assim se refere aos presbíteros em I Pedro 5:1-3 (“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem  como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho”).

d)     Qualificações dos Presbíteros (Presbíteros e Presbitidas)

Para que possa ser modelo do rebanho, há outras qualificações que são exigidas para o Presbítero da igreja. A Timóteo, Paulo escreve, em I Timóteo 3:1-7 (“Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado,  excelente  obra  almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém  cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo”). 

A Tito em Tito 1:5-8 escreve (“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem”).

E ainda o apóstolo Paulo escreve a Tito em Tito 2:3-3 que ensine às Presbitidas (mulheres idosas – presbutida), conforme escreve (“3 As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; 4 Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, 5 A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.”), dando a essas Presbitidas o encargo de ensinar as irmãs jovens.

Um requisito não menos importante para a qualificação dos Presbíteros é que eles sejam eleitos dentre os que já são crentes no SENHOR JESUS CRISTO e já servem na Igreja. Por isso, na Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã, os Presbíteros são eleitos dentre os Diáconos da Igreja que buscam o episcopado. Esse critério é subjetivo, mas encontra firme fundamento nos evangelhos. Primeiro, devemos considerar a diaconia como o serviço dos santos no sentido amplo, ou seja, em todos os ministérios (serviços) da Igreja. Posto isto, verificamos que os apóstolos dos DOZE  são eleitos ao apostolado e durante o tempo em que foram discipulados pelo SENHOR JESUS CRISTO exerceram primeiramente a diaconia do serviço ao SENHOR, e comumente o SENHOR se referia ao ato de ser Diácono (servo) no serviço a DEUS para dar o entendimento aos discípulos de que o maior é servo (diácono) de todos Lucas 22:27 (“27 Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve."). No grego trasliterado verificamos que a Palavra do SENHOR para servir é Daconia, conforme Lucas 22;27 (“27 tiV gar meizwn o anakeimenoV h o diakonwn ouci o anakeimenoV egw de en mesw umwn eimi wV o diakonwn”).  A isso soma-se ainda o fato de que as mulheres seguiam o SENHOR durante sua caminhada na Terra em carne, e serviam ao SENHOR com seus bens, sendo portanto também Diáconos do SENHOR JESUS CRISTO, conforme Lucas 8:1-3 (“1 E ACONTECEU, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; 3 E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens.”). No grego transliterado novamente observamos o servir da Diaconia (“1 kai egeneto en tw kaqexhV kai autoV diwdeuen kata polin kai kwmhn khrusswn kai euaggelizomenoV thn basileian tou qeou kai oi dwdeka sun autw 2 kai gunaikeV tineV ai hsan teqerapeumenai apo pneumatwn ponhrwn kai asqeneiwn maria h kaloumenh magdalhnh af hV daimonia epta exelhluqei 3 kai iwanna gunh couza epitropou hrwdou kai sousanna kai eterai pollai aitineV dihkonoun autoiV ek twn uparcontwn autaiV”). Observamos ainda que mesmo nos critérios objetivos do apóstolo Paulo em I Timóteo 3:1-7 temos que o Presbítero não deve ser neófito (novato), sendo então já alguém experimentado, deve ser hospitaleiro. Estes serviços são próprios de um irmão já experimentado e que já vem servindo à Igreja em sua Diaconia a DEUS. Já em Tito 2:3-3, o apóstolo ensina que as Presbitidas devem ser mestras do bem, ou seja, pode-se afirmar que se trata de mulheres anciãs que exercem boas obras, o que caracteriza novamente o serviço ao SENHOR DEUS TODO PODEROSO, ou seja, as eleitas são de fato mulheres cheias de boas obras e reto exemplo de vida cristã, o que firma com firme fundamento as suas Diaconias ao SENHOR DEUS, o EXALTADO. Queremos ainda nos referir ao apostolado dos DOZE enquanto Epíscopos do SENHOR: Lendo o texto bíblico transliterado do grego em Atos 1:15-25 (“15 kai en taiV hmeraiV tautaiV anastaV petroV en mesw twn adelfwn eipen hn te ocloV onomatwn epi to auto wsei ekaton eikosi 16 andreV adelfoi edei plhrwqhnai thn grafhn hn proeipen to pneuma to agion dia stomatoV dauid peri iouda tou genomenou odhgou toiV sullabousin ihsoun 17 oti kathriqmhmenoV hn en hmin kai elacen ton klhron thV diakoniaV tauthV 18 outoV men oun ekthsato cwrion ek misqou thV adikiaV kai prhnhV genomenoV elakhsen mesoV kai execuqh panta ta splagcna autou 19 kai gnwston egeneto pasi toiV katoikousin ierousalhm wste klhqhnai to cwrion ekeino th idia dialektw autwn akeldamac tout estin cwrion aimatoV 20 gegraptai gar en biblw yalmwn genhqhtw h epauliV autou erhmoV kai mh estw o katoikwn en auth kai thn episkophn autou labetw eteroV 21 dei oun twn sunelqontwn hmin andrwn en panti cronw w eishlqen kai exhlqen ef hmaV o kurioV ihsouV 22 arxamenoV apo tou baptismatoV iwannou ewV thV hmeraV hV anelhmfqh af hmwn martura thV anastasewV autou sun hmin genesqai ena toutwn 23 kai esthsan duo iwshf ton kaloumenon barsabban oV epeklhqh ioustoV kai maqqian 24 kai proseuxamenoi eipan su kurie kardiognwsta pantwn anadeixon on exelexw ek toutwn twn duo ena 25 labein ton topon thV diakoniaV tauthV kai apostolhV af hV parebh ioudaV poreuqhnai eiV ton topon ton idion.”), o texto nos revela no versículo 17 o fundamento da Diaconia Apostólica, que é a serventia à Palavra de Deus. Oberve-se que as traduções usam o termo “Ministério”, para traduzir a Diaconia dos Doze Apóstolos, contudo a Palavra Ministério é de origem latina e significa um “ofício de serventia”, mas o que o apóstolo Pedro diz é que eles eram de fato Diáconos do SENHOR JESUS, pela tradução do original grego no sentido hebráico da Palavra. Portanto, a diaconia apostólica era o fundamento da serventia dos Doze para com DEUS. Já no versículo 20, o apóstolo Pedro usa o termo episkophn (episcopado), para traduzir o episcopado de um apóstolo, ou a supervisão (autoridade)  pastoral que o apóstolo tem sobre o povo de Deus, num contexto em que Judas Iscariotes, o traidor, era substituído por ter perdido o lugar do episcopado em função de sua traição ao SUMO EPÍSCOPO. Depois já no versículo 25, Pedro usa os termos diakonia (serventia, diaconia) e apostolh (apostolado) para caracterizar esses dois fundamentos dos DOZE, de servir e pastorear. Todos esses termos são usados por Pedro para se referir e caracterizar, respectivamente, o episcopado, diaconia e apostolado de um apóstolo. Portando, episkophn (episcopado), diakonia (diaconia, serventia) e apostolh (apostolado) são fundamentos que constituem um apóstolo, no SENHOR JESUS CRISTO, seja do grupo dos DOZE, no contexto da caminhada do SENHOR em carne, antes da traição de Judas e crucificação do SENHOR, seja dos missionários que também são chamados “apóstolos” para fundar igrejas e consagrar Presbíteros ao Episcopado e irmãos à Diaconia. Logo, os apóstolos são “Epíscopos-Diáconos” do SENHOR. Assim, o Episcopado e a Diaconia estão em Cristo e Dele para os apóstolos e Dele para a Igreja em todos os séculos, segundo a organização que foi proposta pelos DOZE apóstolos, incluindo Matias, e depois Paulo, e a unção e chamados do ESPÍRITO SANTO DE DEUS. Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; Glória, pois, a Ele eternamente. Amém.


e)     Ordenação de Presbíteros

Em Tito 1:5, a palavra “constituir” significa “estabelecer”, “ordenar”, todavia, claramente, é o ESPÍRITO SANTO DE DEUS que comissiona o Presbítero com autoridade de Epíscopo, conforme Atos 20:28 (“28 Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”). Contudo, comumente, o epíscopo recebe a ordenação humana e a unção do ESPÍRITO SANTO no momento da imposição de mãos do Presbitério, como descrito em Tito 1:5. Podemos ver situação semelhante em outros lugares nas Escrituras, como em Mateus 16:18 e Efésios 4:11-12. No primeiro texto, o SENHOR JESUS diz que Ele mesmo edificará Sua igreja; o segundo afirma que“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.

Ou seja, é JESUS CRISTO quem edifica a igreja, mas através de homens a quem ele capacita. Da mesma forma, o encargo dado pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS para o episcopado é ordenado através dos santos ou pelo próprio ESPÍRITO SANTO DE DEUS pela unção e comissão via revelação, como o exemplo do apóstolo Paulo em casos mais raros. Esses fatos mostram claramente porque a igreja é chamada de Corpo de Cristo. Ele tem nos feito Sua boca, Suas mãos e Seus Pés.

O estabelecimento de Presbíteros também é visto em Atos 14:21-23, onde nos deparamos com alguns detalhes do procedimento dessa ordenação: “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus. E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido”.

Nesse texto, a palavra grega correspondente à “eleição” significa “escolher pelo ato de erguer a mão”. Isso indica a concordância, o  “amém”, por parte da igreja, manifestado através do levantar das mãos, para a indicação feita pelos apóstolos dos presbíteros eleitos. Dessa forma, a ordenação de Presbíteros, de fato, constitui um reconhecimento por parte da igreja da obra que o ESPÍRITO SANTO DE DEUS já estava operando na vida desses irmãos.


f)  Presbíteros em Israel

O conceito do presbítero, ou ancião, origina-se no Antigo Testamento, onde aparecem inúmeras vezes. Como exemplos,  vejam-se os textos: Exôdo 3:16, Exôdo 17:15, Exôdo 24:1, Js 24:1, I Samuel 4.3, Salmos 107:32. A função principal desses presbíteros era a de serem conselheiros e juízes.

No Novo Testamento, essa espécie de anciãos também aparece: Mateus 16:21, Mateus 21:23, Mateus 27:1, Mateus 27:20, Atos 4:5, Atos 24:1. Interessante o fato que, vivendo na mesma época, podemos ver os anciãos da igreja em Jerusalém, estes, porém, constituídos pelo Espírito Santo: Atos 15:2;4;6;22 e 23.

g)     A Responsabilidade dos Presbíteros

Os Presbíteros são ordenados por Deus para liderar, instruir e pastorear a igreja. Pregação da Palavra e ensino fazem parte do seu trabalho pastoral de alimentar o rebanho, conforme I Timóteo 5:17 (“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e no ensino”).

A palavra grega para “governar” no texto acima significa “estar à frente”, “presidir”, “superintender”, segundo I Pedro 5:2-3 (“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho”).

Pedro exorta que o trabalho de pastoreamento dos presbíteros não seja feito por obrigação, mas, voluntariamente; não com intenção de  obter algum tipo de lucro pessoal (de dinheiro ou poder), mas,  prontamente, de boa vontade; não com dominação, mas, estando à frente para  servirem de modelos a serem seguidos voluntariamente pelo rebanho.

Em At 20.17 (“Olhai, pois por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”).  Uma melhor tradução para a palavra “sobre” no versículo acima seria “entre”,“no meio de”. Não devemos visualizar uma estrutura hierárquica de poder dominador no trabalho dos presbíteros na igreja. Eles não estão sobre o rebanho para dominá-lo, como fazem os imperadores ou chefes seculares, mas estão sobre o rebanho para direcioná-los pelo exemplo e pelo ensinamento, sendo vasos de DEUS para a liberação da benção do SENHOR, segundo a sua vontade, sendo servos da Igreja, pois o que quiser ser o maior, seja servo de todos, conforme Mateus 20:25-26 (“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal”).

Em I Timóteo 3:5 (“... pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?”), situado no contexto das qualificações que devem ser encontradas nos presbíteros, toca no trabalho de servo a ser feito por eles no cuidado da igreja. Esse verbo, “cuidar”, aparece apenas mais uma vez no Novo Testamento, na passagem do “bom samaritano”. Quando o samaritano viu aquele homem todo machucado qual foi sua atitude? Conforme Lucas 10:34 (“E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele”).

Aqui está o exemplo de alguém que realizou a tarefa voluntariamente, prontamente e sem intenção de obter lucro, pelo contrário, com perda pessoal. Ele teve que entrar literalmente “por baixo” para carregar aquele homem até seu animal. Provavelmente ele teve que ir a pé até a estalagem, enquanto o homem era carregado pelo animal e ainda teve que pagar pelos gastos de sua hospedagem. Esse é o coração de pastor que o Senhor requer de cada presbítero no cuidado da igreja. A verdadeira autoridade dos presbíteros e outros líderes na igreja,  então, é aquela resultante do respeito gerado através do exemplo amoroso e cheio de Deus que apresentam.

Em Hebreus 13:17 (“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”), a palavra “guias” significa “aqueles  que vão à frente”, “aqueles que conduzem”, “líderes”, sendo um termo mais abrangente do que Presbíteros. Envolve todos aqueles que cuidam de vidas, logicamente incluindo os Presbíteros. Algumas vezes essa palavra é traduzida como “pastores”, mas não é assim no grego, muito embora tenha esse sentido. Esse versículo mostra que, juntamente com o trabalho de liderar está o trabalho de cuidar de vidas, ou de almas. Aqui precisamos entender uma coisa: Quando nos convertemos a Cristo, a obra em nosso espírito já está completa pelo novo nascimento. Porém, para nossa alma, é nesse momento que começa um longo caminho de renovação, tratamento e cura. Pode-se dizer que cuidar de vidas é o maior trabalho, e o mais difícil, para aqueles que Deus chama para estar a frente de seu povo. Muito embora a responsabilidade dos presbíteros envolva liderança, devemos nos lembrar que uma igreja bíblica não se constitui de um grupo de irmãos ativos e um grupo de irmãos passivos, aqueles controlando estes e estes, simplesmente, submetendo-se ao controle daqueles, mas somo cooperadores para o crescimento do Corpo de Cristo, conforme I Coríntios 12:25 (“pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”).

A mutualidade deve ser a principal característica do corpo de Cristo. Se os presbíteros perdem isso de vista, então sua liderança se transformará em dominação. Temos que lembrar que os presbíteros não são a cabeça, mas, sim, Cristo, como em Efésios 4:15-16 (“Mas, seguindo a verdade em amor,  cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”).

A tarefa dos presbíteros não é a de conduzir a igreja por si mesmos, mas determinar como o Senhor, no meio deles, deseja conduzir Sua igreja. Portanto, a autoridade suprema, até mesmo em assuntos práticos, é do Senhor e de ninguém mais.

h)     A Pluralidade de Presbíteros

Nas Escrituras, vemos sempre mais de um Presbítero na igreja local. Colocar a responsabilidade nas mãos de diversos irmãos, ao invés de nas mãos de um só indivíduo, é a forma que Deus providenciou para resguardar a igreja de cair na dominação de “lobos cruéis” de Atos 20 (“29 Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; 30 E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.”). Na pluralidade de Presbíteros, eles aprenderão a dependerem uns dos outros, a se submeterem uns aos outros, e a buscarem a vontade de Deus através da unanimidade de entendimento. No livro de Atos vemos que os presbíteros buscavam a mente do Espírito, e quando ficava claro para eles, agiam com unidade de pensamento e propósito, conforme Atos 15:28 (“Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo ...”). 

A autoridade, então, não era a autoridade de homens, mas de Deus, e foi expressa através do acordo coletivo de homens que tinham sido ordenados pelo ESPÍRITO SANTO DEUS, todavia considerando o posicionamento dos seus líderes, como por exemplo Pedro e Tiago em Atos 15, que exerceram a liderança naquele Sínodo e tiveram a concordância de todos os anciãos e da Igreja, mediante anuência do ESPÍRITO SANTO.

i)       Os Presbíteros e a Igreja

Vemos nas Escrituras várias recomendações de Deus à igreja relativas aos seus líderes, como em I Timóteo 5:17-18 (“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e no ensino, pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”).

Aqueles que se dedicam em alimentar o rebanho com a Palavra de Deus devem ser dignos de dupla honra. Fica claro pelo texto que a igreja deve prover para o sustento dos irmãos na realização do seu trabalho. Como parte da honra, deve haver confiança, de modo que não sejam acatadas acusações infundadas contra eles. Porém, aos que se desviam, deve haver repreensão pública para cair temor na congregação, conforme I Timóteo 5:19-20 (“Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam”).

Em Tessalonicenses 5:12-13 (“E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra”), a tradução “presidir sobre vós” pode dar uma idéia errada de domínio. Uma tradução melhor seria “que vos lideram no Senhor”. A recomendação é para os irmãos prestarem atenção naqueles que trabalham e conduzem o rebanho, e para considerá-los com o maior amor possível, por causa do trabalho que fazem.

Em Hebreus 13:7 (“Lembrai-vos dos vossos guias, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”), o ensinamento é para termos em mente a maneira de viver daqueles que nos lideram no Senhor e para os termos como modelos a serem seguidos e imitados.

Em Hebreus 13:17 (“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”), a palavra “obedecer” significa “deixar-se persuadir”. O ensinamento é para que nos deixemos ser liderados, para termos uma atitude de submissão, não de resistência, para facilitarmos o trabalho difícil de velar pelas almas dos irmãos, e não cairmos em rebeldia como na rebelião de Janes e Jambres de II Timóteo 3:8 e 9 (“8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. 9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.”).

O texto em Tiago 5:14 (“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor”) mostra a forma como Deus age no meio do seu povo. Muito embora o poder de cura seja dado a todo discípulo (Marcos 16:17-18), a bênção de Deus se derrama de modo especial para os que reconhecem a autoridade de Deus na vida dos presbíteros que ele ordena.

j)       A palavra Pastor

A palavra “pastor” se origina no Antigo Testamento, onde aparece inúmeras vezes, tendo alguns significados:  Pastores no campo. Por exemplo, Gênesis 4:2;  Deus, por exemplo, Salmos 23:1; e o Messias, por exemplo, Isaías 40:10-11; e Reis e Sacerdotes de Israel, por exemplo, Ezequiel 34:2.

No Novo Testamento, essa palavra aparece sendo como pastores no campo. Por exemplo, Lucas 2:8; e  referindo-se ao SENHOR JESUS. Por exemplo João 10:11 (“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”) e João 10:16 (“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor”).

Como dom da Diaconia em Efésios 4:11 (“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”).

Em relação à palavra “apascentar”, ela aparece no Novo Testamento: referindo-se ao trabalho no campo (Lucas 17:7 e I Coríntios 9:7);  referindo-se a Jesus. Por exemplo, Mateus 2:6; e referindo-se ao trabalho dos líderes da igreja: João 21:16 (“Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu  sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas”); Atos 20:28 (“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”); I Pedro 5:2 (“... pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade”); e ainda Judas 1:12 (“Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas”).
 
k)      Diáconos

No Sentido Amplo: A palavra “diácono” é a tradução direta da palavra grega diakonos, que significa “servo”. Esta palavra, no seu sentido amplo, é usada no Novo Testamento de diversas maneiras. Como por exemplo o texto de Mateus 22:13 (“Então, ordenou o rei aos seus servos (diáconos): Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali  haverá choro e ranger de dentes”); e ainda conforme Marcos 9:35 (“E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo (diácono) de todos”). Podemos ainda verificar I Coríntios 3:5 (“Pois quem é Paulo e quem é Apolo, senão ministros (diáconos) pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?”) e ainda II Coríntios 3:6 (“... o qual nos habilitou para sermos ministros (diáconos) de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.”).

Em Mateus 23:11, o SENHOR nos ensina que o maior entre os irmão é servo de todos, conforme Mateus 23:11 ( "O maior dentre vós será vosso servo."). Em grego transliterado observa-se que em Mateus 23 : 11 (“ o de meizwn umwn estai umwn diakonoV”) o SENHOR usa a expressão Diácono, para expressar a serventia na Igreja, de maneira que a Diaconia é de fato estendida a todos os irmãos que servem na Igreja, e na Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã, é chamado Diácono, enquanto servo oficial, o irmão que cumprir os requisitos desta Constituição.

A palavra diácono vem do grego antigo διάκονος e significa servo. Comumente a Igreja nos últimos séculos adotou que os diáconos foram os primeiros servos consagrados diretamente pelos apóstolos para exercerem a diaconia, servindo as mesas dos irmãos na igreja e auxiliando os órfãos e as viúvas nas suas tribulações. Em Atos 6:1-6 separados alguns Diáconos. Por causa do crescimento da igreja havia muitos aspectos materiais que precisavam ser administrados. Os apóstolos perceberam que precisariam indicar outros irmãos para cuidar da distribuição diária de alimentos que era feita. Sete homens foram escolhidos para esse serviço. Eles assumiram essa responsabilidade pela imposição de mãos dos apóstolos, para que estes pudessem se dedicar à oração e a Diaconia da Palavra. Esse texto revela, então, o objetivo da ordenação de diáconos na igreja local, que é o de servir os santos em suas necessidades físicas e materiais, e também a forma de ordená-los. Todavia, a leitura bíblica revela que o Diáconos já eram chamados ao serviço para servir ao SENHOR JESUS CRISTO quando o SENHOR efetuava seu ministério na Terra, com as mulheres e com os próprios discípulos.

Com a diversidade de dons e diaconias da Igreja, os Diáconos passaram a cooperar com os Epíscopos segundo a distribuição do serviço espiritual de cada um deles, como em Filipenses 1:1-11 (“1 PAULO e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do SENHOR Jesus Cristo. 3 Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, 4 Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, 5 Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. 6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; 7 Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho. 8 Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo. 9 E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,10 Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; 11 Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.”). Na igreja, ela será usada com o significado de um ministro desse serviço cotidiano do referido texto bíblico em Atos 6:1-7 e como o servo cooperante das demais Diaconias da Igreja no serviço ao SENHOR JESUS CRISTO e no serviço de apoio aos Epíscopos. O diácono está sujeito aos Presbíteros na Ordem Episcopal da Igreja, conforme a unção e autoridade apostólica recebida para exercer as funções requeridas, conforme Atos 6:1-7 (“CAPÍTULO 6, 1 ORA, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. 2 E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. 3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. 4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. 5 E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; 6 E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. 7 E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé. 8 E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10 E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. 11 Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. 12 E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. 13 E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei; 14 Porque nós lhe ouvimos dizer que esse JESUS Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.15 Então todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.”).

No sentido amplo, Deus deseja que todos nós sejamos Diáconos, ou seja, servos uns dos outros e ministros da nova aliança. O Diácono, no contexto apresentado em I Timóteo 3.8-13, ganha um encargo especial no serviço dos santos (“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.”).

l)        Diaconisas

I Timóteo 3:11, no contexto dos diáconos, refere-se às mulheres como diaconisas, como descerve a seqüência dos versículos 11 (“11 Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.”).

Além disso, em Romanos 16:1-2, Febe é um exemplo de diaconisa. Uma melhor tradução desse texto seria: “Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual é diaconisa da igreja que está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós  necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo”, conforme ainda ou na versão grega transliterada de Romanos 16:1-2 (“1 sunisthmi de umin foibhn thn adelfhn hmwn ousan [kai] diakonon thV ekklhsiaV thV en kegcreaiV”, 2 ina authn prosdexhsqe en kuriw axiwV twn agiwn kai parasthte auth en w an umwn crhzh pragmati kai gar auth prostatiV pollwn egenhqh kai emou autou”).

m)   Qualificações dos Diáconos

A partir de I Timóteo 3:8-13 e Atos 6:3, podemos definir as qualificações para uma pessoa ser ordenada diácono. Além dos Presbíteros e Diáconos, as Escrituras nos exortam que reconheçamos e nos sujeitemos a todos aqueles que auxiliam na obra e trabalham, conforme I Coríntios 16:16 (“Agora, vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia e que se tem dedicado ao serviço dos santos), que também vos sujeiteis aos tais e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha”).


 
Que o amor de Deus seja abundante em vossas vidas,

Jailson, apóstolo e servo de Jesus Cristo.



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