XLIII – DOS APÓSTOLOS DA IGREJA

Quanto ao uso do Título de Apóstolo nos dias de hoje, no século XXI, muitos rejeitam sinceramente a idéia de que possam existir apóstolos na igreja. Isso, em razão de “os Doze” terem sido escolhidos pessoalmente pelo SENHOR JESUS para representá-lo e por terem sido instruídos também por Ele diretamente. Certa vez, o SENHOR JESUS disse aos Doze que quem recebe a eles, a ele recebe e àquele que o enviou, segundo Mateus 10:40 (“40 Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.”). Durante a última ceia, o SENHOR JESUS prometeu aos Doze que o ESPÍRITO SANTO ensinaria a eles todas as coisas e os fariam lembrar de tudo quanto o SENHOR havia dito a eles, conforme João 14:26 (“26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”). Em Atos 2:17 (“17 E perseveraram na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”), depois da ascensão do SENHOR JESUS, os primeiros cristãos seguiram a “doutrina dos apóstolos”. Isso aconteceu porque os ensinamentos dos apóstolos eram idênticos aos ensinos do SENHOR JESUS CRISTO.

Quando o apóstolo Paulo visitou os irmãos na Galácia, eles o receberam como a um anjo de Deus, mesmo como a Cristo Jesus, conforme Gálatas 4:14 (“14 E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo.”). Certamente os apóstolos tinham consciência de que sua maior autoridade era como representantes do SENHOR JESUS CRISTO. Falando diretamente aos Doze, o SENHOR JESUS garantiu que se guardaram a palavra dele, guardarão também a dos apóstolos, segundo João 15:20 (“20 Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.”).

Porém, novas informações vêm à luz quando examinamos os textos sobre os apóstolos no Novo Testamento. O apóstolo Paulo escreveu que o Senhor ressurreto apareceu “aos doze” e depois a todos os “apóstolos”, conforme I Coríntios 15:3-10 (“3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. 6 Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 7 Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. 8 E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. 10  Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.”). Serão “todos os apóstolos” diferentes dos “Doze”? Pode ser que o apóstolo Paulo simplesmente tenha citado as duas aparições do SENHOR aos Doze, como quando disse que primeiro o SENHOR apareceu a Cefas e depois aos doze e novamente repete a aparição a todos os doze apóstolos, mas pode ser que Paulo tenha se referido a todos os discípulos “enviados” (apóstolos) a pregar o evangelho e que estiveram com o SENHOR. Mateus 10:2-4 fornece uma relação nominal dos “doze apóstolos”, Mateus 10:1-4 (“1 E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. 2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; 4 Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.”) e também I Timóteo 1:1 (“1  PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do SENHOR Jesus Cristo, esperança nossa, 2 A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Já em I Tessalonicenses 1:1 e 2:6 (“CAPÍTULO 1, 1  PAULO, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 2  Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, 3  Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, 4  Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; 5  Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós. 6  E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. 7  De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia. 8  Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma; 9  Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, 10  E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura. CAPÍTULO 2, 1  PORQUE vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã; 2  Mas, mesmo depois de termos antes padecido, e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate. 3  Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência; 4  Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 5  Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha; 6  E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;”) o apóstolo Paulo se refere a Silvano e Timóteo como “apóstolos” na seqüência vista no capítulo 2, versículo 6. Em Atos 14:14 (“13 E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. 14 Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, 15  E dizendo: SENHORES, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles;”), o versículo 14 se refere a Barnabé como um “apóstolo”. Finalmente, Tiago (o irmão do Senhor) parece haver sido juntado ao grupo dos apóstolos em Gálatas 1:18-19 (“18 Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro, e fiquei com ele quinze dias. 19 E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.”), ou o apóstolo Paulo se referia ao contexto de não ter visto nenhum dos apóstolos, mas viu o irmão Tiago, sem ter se referido a Tiago como apóstolo? Todavia em Gálatas 2:9 (“9 E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;”), Tiago está posto como coluna ao lado de Cefas e João, com evidente conotação apostólica. Em que sentido eram “apóstolos” esses outros irmãos?

Nas escrituras havia essencialmente dois tipos de apóstolos. Antes de tudo, havia aqueles Doze apóstolos que viram fisicamente o SENHOR JESUS e que foram pessoalmente escolhidos por Ele para representá-lo. Eles foram treinados pessoalmente pelo SENHOR JESUS para o trabalho, conforme Mateus 10:2-4. Esse grupo se constituiu dos fundamentos de Jerusalém espiritual, excluindo-se Judas, o traidor, e incluindo-se Paulo. Eles eram as normas para a doutrina e a prática na igreja primitiva. Foram eles os autores ou os que aprovaram todos os livros que hoje compõem o cânon das Escrituras do Novo Testamento. Enquanto que os apóstolos desse primeiro tipo foram preparados e enviados pelo SENHOR JESUS, os do segundo tipo foram preparados e enviados pela igreja, como em Atos 13:1-3 (“1 E NA igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. 2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.”) e Filipenses 2:25 (“24 Mas confio no Senhor, que também eu mesmo em breve irei ter convosco. 25 Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades.”). Não havendo sido treinados pelo SENHOR JESUS, o segundo tipo de apóstolos estudou e repetiu o que o primeiro grupo (os Doze), incluindo Matias, deles ensinou, conforme I Coríntios 4:16 (“15 Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo. 16 Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores. 17 Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda a parte ensino em cada igreja.”), I Timóteo 3:14-15 (“14 Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; 15 Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.”), II Timóteo 2:2 (“1 TU, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2 E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 3 Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. 4 Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 5 E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.”), Tito 1:5 (“1 PAULO, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, 2 Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; 3 Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador; 4 A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador. 5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:”) e Tito 2:3-5 (“3 As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; 4 Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, 5 A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.”).

A palavra “apóstolo” na Bíblia é uma tradução da expressão grega “apostolo”. O nome apóstolos (apostoloi) é o mesmo de Marcos 6:30 (“30 kai sunagontai oi apostoloi proV ton ihsoun kai aphggeilan autw panta osa epoihsan kai osa edidaxan”) e Atos 14-14 (“14 akousanteV de oi apostoloi barnabaV kai pauloV diarrhxanteV ta imatia autwn exephdhsan eiV ton oclon krazonteV”). Em Marcos 6:30 a palavra “apostoloi” é empregada para os 12 (doze) apóstolos eleitos do SENHOR, já em Atos 14:14 a palavra “apostoloi” é empregada para Barnabé e Paulo, em que Barnabé é reconhecidamente fora dos 12 (Doze), mas que também foi chamado de apóstolo, o que nos dá a entender que os 11 (Onze) apóstolos do SENHOR, além de elegerem Matias como apostolo para a cadeira de Judas, enviaram missionários com a “estatura e autoridade” de apóstolos, o que possibilitou um rápido crescimento do evangelho. Uma tradução que comumente foi usada na Bíblia é “enviado, embaixador, mensageiro”, todavia, essa tradução lingüística expressa em seu interior um sentido de tradução interpretativa. Consideramos que a melhor tradução é a própria palavra “apóstolo”, posto que se refere a uma designação de autoridade celestial que está em seu entendimento tanto a diaconia quanto o episcopado desses homens que deram e dão a vida pela pregação do Evangelho. No português, o femino de apóstolo é apóstola, com a mesma raiz.

Em II Coríntios 8:23, o termo “apostoloi” das Igrejas é traduzido por “Embaixadores” das Igrejas (“23 eite uper titou koinwnoV emoV kai eiV umaV sunergoV eite adelfoi hmwn apostoloi ekklhsiwn doxa cristou”), conforme II Corínitos 8:23 (“23 Quanto a Tito, é meu companheiro, e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo.”). Portanto, a terminologia do primeiro século para os missionários era a de “apóstolos”, como usado pelo apóstolo Paulo.

O verbo “apostolo” traz a noção de “enviar com um propósito particular”. Assim, apóstolo pode significar “alguém comissionado” ou “mensageiro credenciado”. Uma tradução de “apostoloi” é a de missionário. Os nossos irmãos cristãos acreditam em “missionários”. Isso acontece por serem os “missionários” os apóstolos, “apostoloi”, quando observamos o texto bíblico original em grego. A justificativa para a existência de “missionários” contemporâneos reside nos padrões do Novo Testamento e nos ensinamentos sobre a existência dos apóstolos. Contudo, a traduação interpretativa da palavra “apóstolo” para “missionário” não nos parece a melhor tradução, pois oculta a beleza do sentido apostólico dos “apóstolos” que foram enviados pelos DOZE, incluindo Matias, e que no ato da unção apostólica recebem a diaconia e o espiscopado da Igreja, para poderem gerar novas igrejas.

Contudo, lembremos que os DOZE apóstolos do SENHOR  foram os primeiros que receberam esse encargo de pastorear o rebanho do MESTRE e, portanto, os DOZE são Epíscopos da Igreja junto com o SUMO EPÍSCOPO. O texto bíblico transliterado do grego em Atos 1:15-25 (“15 kai en taiV hmeraiV tautaiV anastaV petroV en mesw twn adelfwn eipen hn te ocloV onomatwn epi to auto wsei ekaton eikosi 16 andreV adelfoi edei plhrwqhnai thn grafhn hn proeipen to pneuma to agion dia stomatoV dauid peri iouda tou genomenou odhgou toiV sullabousin ihsoun 17 oti kathriqmhmenoV hn en hmin kai elacen ton klhron thV diakoniaV tauthV 18 outoV men oun ekthsato cwrion ek misqou thV adikiaV kai prhnhV genomenoV elakhsen mesoV kai execuqh panta ta splagcna autou 19 kai gnwston egeneto pasi toiV katoikousin ierousalhm wste klhqhnai to cwrion ekeino th idia dialektw autwn akeldamac tout estin cwrion aimatoV 20 gegraptai gar en biblw yalmwn genhqhtw h epauliV autou erhmoV kai mh estw o katoikwn en auth kai thn episkophn autou labetw eteroV 21 dei oun twn sunelqontwn hmin andrwn en panti cronw w eishlqen kai exhlqen ef hmaV o kurioV ihsouV 22 arxamenoV apo tou baptismatoV iwannou ewV thV hmeraV hV anelhmfqh af hmwn martura thV anastasewV autou sun hmin genesqai ena toutwn 23 kai esthsan duo iwshf ton kaloumenon barsabban oV epeklhqh ioustoV kai maqqian 24 kai proseuxamenoi eipan su kurie kardiognwsta pantwn anadeixon on exelexw ek toutwn twn duo ena 25 labein ton topon thV diakoniaV tauthV kai apostolhV af hV parebh ioudaV poreuqhnai eiV ton topon ton idion.”), o texto nos revela no versículo 17 o fundamento da Diaconia Apostólica, que é a serventia à Palavra de Deus. Oberve-se que as traduções usam o termo “Ministério”, para traduzir a Diaconia dos Doze Apóstolos, contudo a Palavra Ministério é de origem latina e significa um “ofício de serventia”, mas o que o apóstolo Pedro diz é que eles eram de fato Diáconos do SENHOR JESUS, pela tradução do original grego no sentido hebráico da Palavra. Portanto, a diaconia apostólica era o fundamento da serventia dos Doze para com DEUS. Já no versículo 20, o apóstolo Pedro usa o termo episkophn (episcopado), para traduzir o episcopado de um apóstolo, ou a supervisão (autoridade)  pastoral que o apóstolo tem sobre o povo de Deus, num contexto em que Judas Iscariotes, o traidor, era substituído por ter perdido o lugar do episcopado em função de sua traição ao SUMO EPÍSCOPO. Depois já no versículo 25, Pedro usa os termos diakonia (serventia, diaconia) e apostolh (apostolado) para caracterizar esses dois fundamentos dos DOZE, de servir e pastorear. Todos esses termos são usados por Pedro para se referir e caracterizar, respectivamente, o episcopado, diaconia e apostolado de um apóstolo. Portando, episkophn (episcopado), diakonia (diaconia, serventia) e apostolh (apostolado) são fundamentos que constituem um apóstolo, no SENHOR JESUS CRISTO, seja dos DOZE, incluindo Matias, seja dos missionários que também são chamados “apóstolos” para fundar igrejas e consagrar Presbíteros ao Episcopado e irmãos à Diaconia. Logo, os apóstolos são “Epíscopos-Diáconos” do SENHOR (este entendimento aqui demonstrado foi dado por revelação do SENHOR ao Presbítero Jailson). Assim, o Episcopado e a Diaconia estão em Cristo e Dele para os DOZE, incluindo Matias, e Dele para a Igreja em todos os séculos, segundo a organização que foi proposta pelos apóstolos e a unção e chamados do ESPÍRITO SANTO DE DEUS. Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; Glória, pois, a Ele eternamente. Amém.

Então, enquanto que os DOZE, incluindo Matias, não mais vivem, até que haja a ressurreição, os modernos missionários certamente representam apóstolos do Senhor eleitos para a obra. Isto é, os atuais missionários são enviados pelas igrejas para evangelizar e para iniciar igrejas consagrando Presbíteros ao Episcopado e irmãos a Diaconia. Os plantadores de igrejas são os “apostoloi” do segundo tipo descrito acima e são tão necessários hoje o quanto o foram no primeiro século.

Quando aplicamos os critérios apostólicos para quesitos de um apóstolo do primeiro século, observamos  que a discípula Maria Madalena cumpre perfeitamente esses critérios. A ela o SENHOR se revelou primeiramente após sua ressurreição, tendo sido Maria Madalena e não qualquer outro discípulo homem quem primeiro testemunhou a ressurreição do SENHOR JESUS e a proclamou em alta voz, como faz um pregador em missão de boas novas, ao correr para junto dos onze e dos irmãos, conforme João 20:11-18 (“11 E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. 12   E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14 E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. 16   Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer, Mestre). 17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. 18 Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto.”). Veja que a Ordem do SENHOR JESUS a sua discípula Maria Madalena é para ir aos irmãos e dizer-lhes que Ele sobe para seu Pai e nosso Pai, seu DEUS e nosso DEUS. Ele disse “vai” e “dize-lhes”, uma ordem imperativa para anunciar a boa nova da ressurreição, de forma que Maria Madela foi e anunciou aos discípulos tão grande notícia do Reino de Deus, que o FILHO DE DEUS RESSUSCITOU. Portanto, qualquer ordem contrária a ordem do próprio DEUS é anulada pela excelsa supremacia Daquele que é antes de todos, de maneira que uma ordem de qualquer homem para que uma discípula em reto caminho se cale é invalidada. Ou seja, Maria Madalena não poderia ser calada pois recebeu do próprio DEUS FILHO a ordem de ir e falar dada à mulher. Assim, a discípula Maria Madalena também figura entre as mulheres que estão aptas a receber o episcopado, e apregoar as boas novas aos discípulos e às discípulas, aos homens e mulheres em geral, e mesmo ao Presbitério de homens como os ONZE apóstolos, por ordem do SENHOR. Essa mesma passagem também legaliza a mulher como pregadora e enviada do SENHOR, figurando-as entre os “apostoloi”, podem estar ainda entre os DOZE apóstolos da Jerusalém espiritual, uma vez que a eleição do apóstolo na graça do SENHOR desconsidera gênero, mas a natureza celestial de servo,  semelhante ao próprio apóstolo Paulo, uma vez que a apóstola Maria Madalena foi a primeira discípula a ver o SENHOR ressuscitado e ter sido enviada por Ele para contar esse fato aos demais apóstolos e discípulos e discípulas, que é o Evangelho da Ressurreição do SENHOR JESUS CRISTO. Qual discípulo dentre nós se oporá a essa ordem do SENHOR? E se acaso tu te opões, por que fazes isso? Pela tua tradição? Pelo teu espírito secular, pela tua vaidade teológica? Consultai o ESPÍRITO SANTO DE DEUS em orações e súplicas e verificai isso. Igreja, em João 20: 1-3 (“1 E ACONTECEU, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; 3 E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens.”) o SENHOR pregava o evangelho de cidade em cidade. Os DOZE iam com Ele e algumas discípulas mulheres, e entre elas estava a discípula Maria Madalena. Elas serviam o SENHOR com seus bens, ou seja, exerciam de fato o serviço da diaconia, pois entravam com a provisão e cuidados servis para o SENHOR. Unção, a unção despedaça todo o jugo. A diaconia ao SENHOR é um dos fundamentos de um apóstolo. Assim, a ordem dada a Maria Madalena pelo SENHOR no ato da ressurreição Dele completa o encargo de apostolado daquela discípula, que de fato já era discípula e diaconisa do SENHOR até aquele momento. Ora, a esse encargo de falar da ressurreição do SENHOR aos DOZE e aos irmãos, unida à grande comissão de ir a todas as nações que foi dada pelo SENHOR à toda a Igreja, completa o apostolado de Maria Madalena, o que nos convence por clareza que ela fora eleita ao Episcopado na mesma estatura de um dos DOZE, incluindo Matias, no primeiro século, tendo ela estado diante do SENHOR JESUS CRISTO. E Marcos 15 (“9 E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. 10 E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando. 11 E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. 12 E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo. 13 E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram. 14 Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.”) entendemos que a discípula Maria Madalena cumpre a ordem do SENHOR contando aos discípulos que ela vira o SENHOR e que Ele vivia, mas eles não acreditaram: No versículo 14 eles foram repreendidos pelo SENHOR por causa da incredulidade, por não terem crido no testemunho de Maria Madalena e de dois outros discípulos. Em Atos 1:13-15 (“13  E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago.14  Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.15  E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas) disse:”) temos o registro que as mulheres estavam com os ONZE apóstolos e perseveravam juntos em oração, o que nos permite afirmar que elas também receberam do ESPÍRITO SANTO DE DEUS no dia de Pentecostes.  Esses fatos corroboram para a perfeita completude da Ordem celestial de DEUS, que não faz acepção de pessoas e para o qual, em Cristo, não há macho nem fêmea, e da qual eu, Jailson, sou testemunha do Paraíso e do SENHOR JESUS CRISTO. Assim, o chamado de uma mulher como diaconisa ou ao episcopado como Presbitida e/ou apóstola são de exclusiva atribuição do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, que separa e prepara essas nossas irmãs conforme a vontade Dele. Vale sempre lembrar que o ESPÍRITO SANTO DE DEUS é DEUS e é Ele o penhor da Aliança entre os filhos de DEUS em JESUS CRISTO e DEUS PAI, e os três concordam num, de maneira que Ele tem toda a autoridade em sua onipotência, na Terra e no Céu, segundo a sua multiforme graça.

Admitindo-se que se de fato houvesse um padrão do Novo Testamento para justificar a existência de plantadores de igrejas hoje, como poderiam os modernos apóstolos realizar seus serviços? Baseados em Atos 1:4 (“4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.”), Atos 8:12 (“12 Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.”) e Atos 15:1-2 (“1 ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. 2  Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.”), e Atos 21:17:18 (“17 E, logo que chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de muito boa vontade. 18 E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.”), a maioria dos Doze, incluindo Matias,  trabalhou fora de Jerusalém por alguns anos. Quando lá, os apóstolos devotavam seu tempo evangelizando os perdidos e ensinando os salvos. Eles ocasionalmente faziam curtas viagens missionárias enquanto baseados fora de Jerusalém, conforme Atos 8:14 (“14 Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.”) e Atos 8:25(“25 Tendo eles, pois, testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém e em muitas aldeias dos samaritanos anunciaram o evangelho.”). Durante o tempo em que Paulo esteve ali, entretanto, ele se retirou, conforme Atos 21:17-18 (“17 E, logo que chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de muito boa vontade. 18 E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.”). Apenas Tiago ainda estava naquela cidade. De toda forma, analisando-se bem o Novo Testamento, torna-se evidente que um constante movimento caracterizava a maioria dos outros apóstolos. Eles viajaram, pregaram o Evangelho e organizaram igrejas. Raramente esses apóstolos viajantes se fixaram permanentemente em uma localidade.

Ocasionais paradas eram feitas em localidades estratégicas, mas o circuito sempre continuava. Similarmente, Paulo disse ao apóstolo Timóteo para “que ficasse em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinassem doutrina diversa”, conforme I Timóteo 1:3 (“1 PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do SENHOR Jesus Cristo, esperança nossa, 2 A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor. 3 Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina, 4 Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.” ). Porém, depois que o trabalho terminou, Paulo escreveu a Timóteo: “Apressa-te a vir antes do inverno”, conforme II Timóteo 4:19-22 (“19 Saúda a Prisca e a Áqüila, e à casa de Onesíforo. 20   Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto. 21   Procura vir antes do inverno. Êubulo, e Prudente, e Lino, e Cláudia, e todos os irmãos te saúdam. 22 O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém.”). Apesar do que comumente se supõe, Timóteo foi um apóstolo (missionário) e não um pastor em Éfeso. Outro exemplo é Tito, deixado em Creta para “que pusesses em boa ordem o que ainda não o está” e para “que em cada cidade estabelecesses anciãos”, conforme Tito 1:5 (“1 PAULO, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, 2   Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; 3   Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador; 4 A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador. 5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:”) e Tito 2:3 (“3 As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; 4 Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, 5  A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.”). Depois que isso aconteceu, Tito foi juntar-se a Paulo em Nicópolis, conforme Tito 3:12 (“12 Quando te enviar Ártemas, ou Tíquico, procura vir ter comigo a Nicópolis; porque deliberei invernar ali”.).

Quais objetivos tiveram os primeiros apóstolos, como motivação para suas viagens? Um deles foi a evangelização. Discorrendo sobre as características dos apóstolos, Paulo referiu-se a eles como “os que anunciam o evangelho”, conforme I Coríntios 9:14 (“14 Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.”). Similarmente, Timóteo foi retratado como “fazendo a obra de um evangelista”, segundo II Timóteo 4:5 (“5 Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.”). Mesmo uma leitura superficial de Atos mostrará essa como uma importante função dos apóstolos.

Outro objetivo desses enviados das igrejas foi a organização e o fortalecimento dos novos convertidos. Essa era parcialmente a razão da permanência dos apóstolos de um ou dois anos em apenas uma localidade. Efésios 4:11-13 (“11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,”)  nos diz que Deus colocou os apóstolos “para preparar o Seu povo para exercer o trabalho de servir”. Paulo planejou uma visita a Éfeso, mas, pensando que poderia demorar mais do que o previsto, deixou instruções aos irmãos para que “saibas como se deve proceder na casa de Deus”, conforme I Timóteo 3:15 (“15 Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.”). O trabalho de Timóteo era “confiar” a verdade a “homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”, conforme II Timóteo 2:2 (“1 TU, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2 E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.”).

A maior diferença entre um ancião e um apóstolo é que a esfera dos serviços do primeiro é permanentemente concentrada em uma igreja local, enquanto que o campo do apóstolo é universal. Desde que um apóstolo haja treinado e empossado os anciãos, ele se retira para outra localidade, ou pode se fixar como um Presbítero (Epíscopo). Depois disso, são os anciãos que ensinam à igreja e treinam outros futuros anciãos, com ajuda ocasional dos “enviados”.

Todos os escritos são para seu proveito, quando perfeitamente interpretados com o ESPÍRITO SANTO DE DEUS para evitarmos escrituras ou entendimentos apócrifos. Assim como ignorar padrões do Novo Testamento sobre eclesiologia gera riscos para nós, portanto desatender às práticas apostólicas do Novo Testamento é imprudente. A existência dos obreiros itinerantes da igreja é um padrão do Novo Testamento. Virtualmente cada igreja mencionada no Novo Testamento teve seu início propiciado por equipes apostólicas e continuaram seus relacionamentos com elas por muitos e muitos anos. O padrão do Novo Testamento é a existência de igrejas que enviam missionários que iniciam novas igrejas em áreas não atingidas pelo Evangelho. Nós ainda precisamos da diaconia desses homens hoje. Esses modernos “apóstolos” podem inclusive ajudar igrejas existentes a consolidar-se na sã doutrina e na prática correta. Eles servem como discipuladores de seminário intinerante, treinando e equipando líderes de igreja em suas próprias localidades, conforme I Timóteo 1:3, 3:14-15, 4:1-6 e 4:13, II Timóteo 1:13, 2:1-2, 2:14 e 4:1-5 e Tito 1:5 e 2:1-15).

Os apóstolos são os líderes das Igrejas que plantam e edificadores da Obra de Deus onde cooperam. Mesmo os apóstolos modernos são candidatos ao décimo segundo apostolado entre os DOZE do SENHOR colunas de Jerusalém espiritual: esse é um mistério do SENHOR. Todavia o que queremos enfatizar é que eles precisam recordar de que a fé “de uma vez para sempre foi entregue aos santos”, segundo Judas 3. Nenhum ensino “novo” é necessário; nenhuma teologia essencial foi antes retida da igreja. Assim, o ensino do iniciador de igrejas deve ser em harmonia com as revelações anteriores dos DOZE, incluindo Matias, e ainda de Paulo. Não duvide de que ocasionalmente surgirão falsos “apóstolos” e, por causa disso, precisamos ser como os Efésios que puseram “à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos”, conforme Apocalipse 2:2.

A igreja sempre teve e continuará a ter apóstolos no sentido de Paulo, Barnabé, Timóteo, Tito e Epafrodito, isto é, plantadores de igrejas enviados para evangelizar, iniciar igrejas, treinar e empossar líderes e depois se mudarem para outras localidades, como missionários.

Equipes apostólicas foram fundamentais na divulgação e na maturidade da igreja primitiva. A existência deles e seus serviços são padrões do Novo Testamento. Eles evangelizaram, fizeram discípulos, ensinaram, organizaram e deram posse a anciãos. Podemos iniciar uma igreja sem a presença de um apóstolo? Sim. Pode uma igreja existente funcionar sem o impulso inicial de um apóstolo? Sim. Pode uma igreja eleger seus próprios anciãos? Sim. Porém, tudo isso é muito mais fácil se os obreiros apostólicos estiverem disponíveis.

Na Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã, o Epíscopo Primaz Jailson Mário dos Santos Pereira e seu sogro, o Epíscopo José Theldo Cavalcante Maciel são os Presbíteros que mais se aproximam dos requisitos apostólicos do critério do primeiro grupo de “apostoloi”, os seja, dos “Onze” eleitos diretamente pelo SENHOR, e que é possível ser um dos Doze Apóstolos Colunas da Jerusalém Espiritual. O Presbítero Jailson, por exemplo, viu e ouviu o SENHOR em 2004 e depois, em 2006, ao ter uma morte súbita, fez a passagem para o paraíso e lá andou lado a lado com o SENHOR, falou com o SENHOR e viu o SENHOR perfeitamente e inconfundivelmente, e, após isso, foi ressurreto pelo SENHOR e foi comissionado pelo próprio SENHOR para pregar o evangelho às nações, passou tribulações, operou milagres no nome do SENHOR JESUS, com curas de doenças incuráveis, ressurreição de um morto cerebral, e diversos sinais e prodígios milagrosos. Contudo, o Presbítero José Theldo Cavalcante Maciel fora arrebatado em espírito até o terceiro céu e lá viu o SENHOR e dele ouviu palavras maravilhosas, bem como é experimentado obreiro já usado para milagres e maravilhas do SENHOR JESUS CRISTO. Portanto, os 12 (doze) anciãos da Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã estão perfeitamente legitimados enquanto “enviados” (apostoloi) apostólicos fundadores desta Igreja, como foi Barnabé em atos 14:14, mas que também atuam como Epíscopos pastoreando todo o rebanho da Igreja distribuída em todos os lugares nas nações, segundo a organização institucional desta Igreja.

Deve-se ter zelo com o Título de Apóstolo, pois era comum naquele contexto do primeiro século que outros, que eram fora dos 12 (DOZE), incluindo Matias, e nem mesmo comissionados por eles, se dissessem “apostoloi”, mas que na verdade eram obreiros fraudulentos, conforme nos conta o apóstolo Paulo em II Coríntios 11:12-15 (“5 Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos. 6 E, se sou rude na palavra, não o sou contudo na ciência; mas já em todas as coisas nos temos feito conhecer totalmente entre vós. 7 Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus? 8 Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. 9 Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei. 10 Como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia. 11 Por quê? Porque não vos amo? Deus o sabe. 12 Mas o que eu faço o farei, para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós. 13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. 14 E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. 15 Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.”), e ainda Apocalipse 1:1-4 (“1 ESCREVE ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:  2  Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.  3 E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.  4  Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.”), de maneira que os que usam o título de Apóstolo certamente serão provados por DEUS, uma vez que os DOZE, incluindo Matias, exceto João, sofreram horríveis mortes e martírios e não será em vão que eles beberam desse cálice. Queremos esclarecer que todo discípulo do SENHOR que é seu servo está classificado na Palavra como ou sendo um apóstolo ou sendo um profeta, conforme Efésios 3:5 ("5 O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;"), e confirmado por Apocalipse 18:20 ("20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela."). Ora, o texto de Apocalipse foi uma revelação dada diretamente por DEUS, por meio de seu anjo, ao apóstolo João, de forma que não há dúvidas de que celestialmente a ordem é de primeiramente apóstolos e depois de profetas, sendo que a continuação do texto mostra que os apóstolos são em número de 12 (doze), mas não quantifica o número de Profetas do SENHOR. De maneira que podemos afirmar que com a morte dos 12 (doze) apóstolos, a classificação celestial para os demais discípulos do SENHOR enquanto reveladores de sua Palavra é a de Profetas.).

Para o segundo grupo de “apostoloi” descritos na bíblia, ou seja, os que foram comissionados missionários pelas igrejas, na estatura de apóstolos, aplicaremos aos homens e mulheres que atuam como missionários que fundam igrejas e a eles reconhecemos os títulos de Missionário e, quando se fixam na Igreja, de Epíscopos ou Episcopisas (Presbíteros ou Presbitidas) do SENHOR. No entanto, para os Apóstolos modernos, entendemos que eles são de fato fundadores de suas igrejas e agiram como missionários “apostoloi” na obra, e se desejam usar o título de Apóstolo, entendemos que devem provados por DEUS dentro do estreito rigor da Palavra, e, se aprovados, eles devem pertencer ao segundo grupo de “apostoloi”, ou seja, como os enviados pelos “doze apóstolos da Igreja”, como nós mesmos somos apóstolos de Jesus Cristo na Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã a semelhança de Barnabé, em Atos 14:14. Nos dias de hoje, alguns reconhecidos líderes da Igreja usam o título de “apóstolo” no sentido de servos que presidem a Diaconia Apostólica, e como “apostoloi” que governam os Epíscopos, mas reconhecemos que são eles, esses líderes, de fato, epíscopos, enquanto pastores e missionários (apóstolos, enviados) do SENHOR no exercício da Diaconia Apostólica, como nós mesmos, ou seja, somos todos ANCIÃOS e Profetas do SENHOR, e não os “apostoloi” coluna de Jerusalém, descrito em Apocalipse, uma vez que ninguém pode ir além da escritura ou será anátema.

Contudo, na Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã, para que não haja confusões no meio do entendimento dos irmãos e nem sejamos achados repreensíveis pelas escrituras, o Título de “apostolo” será usado pelos Anciãos e Anciãs do Conselho Apostólico fundadores ou sucessores, em ocasiões especiais e que denotem a missão apostólica desses homens e mulheres de caráter universal para a Igreja do SENHOR, enquanto somos obreiros de DEUS para colher os perdidos e amar os famintos e rejeitados, cuidar dos pequeninos e ir à frente na carreira que nos foi confiada. Também, por critério de justiça bíblica, o termo apóstolo aplica-se aos missionários comissionados para fundar igrejas locais em campos missionários internacionais da Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã. Portanto, eles também podem ser chamados de “apostoloi” à semelhança do Conselho Apostólico, como enviados por esse Conselho, segundo for da vontade do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, no nome do SENHOR JESUS CRISTO, para fundação dessas igrejas locais. Neste caso, esses “apostoloi” seguirão o padrão comum bíblico e esses “apostoloi” serão constituídos, preferencialmente, por homens e mulheres solteiros, maduros, sem filhos e provados na obra do SENHOR, a semelhança do apóstolo Paulo, Andrônico e Júnias em Romanos 16:7 ("Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo."), mas também poderão ser casados, e apoiados no serviço cotidiano “por uma esposa crente”, representada por diaconisas e diáconos, como em I Coríntios 9:5 (“4 Não temos nós direito de comer e beber? 5 Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? 6 Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?”). Reconhecemos que, de fato, há homens e mulheres e que receberam diretamente do ESPÍRITO SANTO DE DEUS a comissão e unção, não por homens nem por homem algum, mas por JESUS CRISTO, para fundar igrejas e pregar o evangelho, como o caso do Presbítero Jailson, e são classificados também como “apostoloi”. O critério de não ter filhos pequenos usado pelo Conselho Apostólico na Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã aplica-se em missões em regiões de tribulação, de forma a preservar a família e a criança, pois sabidamente, nessas missões, os cristãos passam grandes tribulações, de forma que exceções a esses critérios serão concedidas somente nos casos de clara e provada manifestação da vontade do ESPÍRITO SANTO DE DEUS ou do seu FILHO JESUS CRISTO, pela graça de DEUS.

Todavia, usaremos o Título de Apóstolo no sentido de “Colunas da Jerusalém Espiritual” somente ao próprio SENHOR Rei dos reis JESUS CRISTO e aos 11 (ONZE) Apóstolos (“apostoloi”) escolhidos pelo próprio SENHOR, os colunas de Jerusalém espiritual, conforme revelação do SENHOR REI dos reis JESUS CRISTO ao apóstolo João em Apocalipse 21:14 (“14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.”).

Quanto ao apostolado de Paulo, a Igreja entende que pode ser um dos DOZE eleitos do SENHOR para fundamento de Jerusalém Espiritual, mas que há outros no primeiro século que foram antes de Paulo, como Madalena, Matias, Barnabé e Tiago e que podem ser um dos DOZE. Todavia, uma vez que Paulo não foi testemunha ocular do SENHOR em carne, mas espiritualmente, isso dá a outros discípulos, mesmo no presente século, que tenham visto e estado com o SENHOR nos lugares celestiais a possibilidade da Eleição.

O SENHOR é o APÓSTOLO E SUMO SACERDOTE DA IGREJA, como em Hebreus 3:1 (“1 POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,”).

Precisamos lembrar que o SENHOR JESUS CRISTO é o perfeito Apóstolo da Igreja, presente no meio de nós, pelo testemunho do seu ESPÍRITO SANTO DE DEUS, segundo a vontade de DEUS PAI. De maneira que o APÓSTOLO DA IGREJA nos pastoreia e cuida de suas ovelhas amadas.


Jailson, servo e apóstolo de Jesus Cristo